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O Brasil tem registrado altos volumes de chuva nos últimos meses, com acumulados superiores a 700 mm em algumas regiões do Sul, Norte e litoral do país. Diante desse cenário, a manutenção preventiva dos imóveis se torna essencial para evitar problemas estruturais e garantir a segurança das famílias.

Segundo a arquiteta Ana Claudia Reis, do escritório Aurum Arquitetura, muitos dos danos causados pelas chuvas poderiam ser evitados com medidas simples. “Fissuras, bolhas na pintura, infiltrações e danos em pisos e revestimentos são alguns dos problemas mais comuns. O telhado, por ser o primeiro ponto de contato com a água da chuva, exige atenção especial. Trincas podem levar ao aparecimento de goteiras e comprometer a estrutura interna da casa”, explica.

Além das questões estruturais, a umidade excessiva é capaz de afetar a saúde dos moradores. “A umidade favorece o aparecimento de mofo e pode desencadear doenças respiratórias”, alerta Ana Cláudia.

Com qual frequência a manutenção deve ser feita?

Para evitar surpresas desagradáveis, a manutenção preventiva deve ser feita regularmente. De acordo com Alexandre Santos Godinho, especialista em impermeabilização, o ideal é que telhados e paredes sejam vistoriados a cada três ou cinco anos, desde que não haja sinais visíveis de danos. “Em regiões com alta umidade e chuvas frequentes, esse prazo deve ser reduzido”, destaca.

A pintura das paredes e a aplicação de impermeabilizantes também devem ser refeitas periodicamente. Para os especialistas, muitas vezes, o problema vai além da superfície. Uma parede com bolhas e mofo não pode simplesmente ser lixada e pintada. É necessário refazer o reboco e aplicar os produtos adequados para evitar a recorrência.

Principais pontos de inspeção

Para manter a casa protegida contra infiltrações, os especialistas recomendam atenção especial a alguns pontos críticos:

Telhado e calhas: verificar a presença de telhas trincadas, acúmulo de sujeira e obstrução das calhas.
Paredes externas e muros: identificar sinais de umidade, trincas e descascamento da pintura.
Lajes: observar se há infiltrações e se a impermeabilização está em dia.
Junções entre telhados e paredes: pontos de intersecção são mais suscetíveis à infiltração.

A limpeza periódica das calhas e a inspeção visual são as melhores formas de identificar pequenos problemas antes que se tornem grandes danos. “Durante a limpeza semestral das calhas, é possível verificar a presença de telhas quebradas ou desalinhadas, bem como acúmulo de água em locais inadequados”, destaca a arquiteta.

Impermeabilização eficiente: qual a melhor solução?

Escolher o impermeabilizante correto é fundamental para evitar infiltrações e preservar a estrutura dos imóveis. Alexandre Santos Godinho destaca a borracha líquida como uma das opções mais eficientes do mercado.

“A borracha líquida tem alta elasticidade e aderência, formando uma camada contínua e sem emendas, o que evita falhas comuns em outros tipos de impermeabilização. Além disso, sua aplicação é simples e rápida, reduzindo o tempo de obra e os custos com manutenção em longo prazo”, explica.

Entre as principais soluções disponíveis no mercado estão impermeabilizantes acrílicos, cimentícios e mantas líquidas. A borracha líquida tem se destacado por sua resistência e versatilidade.

Com o aumento dos eventos climáticos extremos, a prevenção se torna um investimento essencial para a conservação dos imóveis. Pequenas ações de manutenção podem evitar prejuízos significativos e garantir mais segurança e conforto aos moradores, especialmente nos meses de chuvas intensas.

Da redação

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