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Clínicas priorizam espaços acolhedores e funcionais para autistas
Salas de terapia ganham iluminação, ferramentas e design projetados para promover bem-estar, conforto e inclusão

Com a aplicação da neuroarquitetura, espaços como salas de terapia sensorial e interação social ganham novas dimensões de acolhimento. (Foto: Divulgação)

Publicado em 10/07/2024

Projetar ambientes que priorizam aspectos emocionais, além de parâmetros técnicos de legislação, ergonomia e conforto: isso é a neuroarquitetura. Um conceito que tem sido aplicado por estabelecimentos preocupados em criar espaços mais acolhedores e funcionais, especialmente adaptados à população com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

"O objetivo é criar espaços funcionais que promovam saúde, concentração e bem-estar geral dos usuários da clínica, reafirmando o compromisso com a qualidade de vida das pessoas autistas e suas famílias", explica a arquiteta da Blan Neuroarquitetura, Bianca Troyner. Ela é mãe de uma criança austista e, após receber o diagnóstico do filho, passou a aprofundar seus conhecimentos em áreas da arquitetura que pudessem ser aplicadas tanto dentro quanto fora de casa.

Neuroarquitetura traz novas dimensões de acolhimento para ambientes como salas de terapia sensorial e interação social.

 

Ser humano no centro

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, diagnosticada em uma a cada 36 crianças, conforme dados do Centers for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos, Por isso, torna-se crucial a mudança na maneira de lidar com a diversidade neurocognitiva e criar ambientes de trabalho mais acessíveis pode ser um primeiro passo. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TEA representa desafios significativos no convívio social, na comunicação verbal e não verbal, e nos interesses por atividades repetitivas. Mas cada indivíduo no espectro autista possui suas particularidades, precisando de uma identificação precoce e de um acompanhamento continuado para mudar a rota de desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida. Nesse cenário, clínicas que centralizam todo o cuidado e acompanhamento em um único lugar podem melhorar significativamente a eficiência e a integração dos serviços oferecidos.

 

Da redação

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