Imagem da Ilha

Formas irregulares. Potência. Cores vivas, que acendem qualquer espaço. Um charme sem igual. É bruta, mas ao mesmo tempo delicada. Uma joia, mesmo quando está na sua versão mais natural. Seu nome? Ametista. Estamos falando de uma pedra marcante e cheia de personalidade, que coloriu o olhar e as inspirações do arquiteto Michael Zanghelini. Ela foi o ponto de partida para criação do seu espaço na CasaCOR SC - Itapema. A mostra acontece de 30/06 a 11/08 e promete muitas surpresas. 

O ambiente com 90 metros quadrados remete ao espaço de alguém sofisticado e antenado. Elemento central, a ametista está presente em diferentes pontos, como na mesa de centro do estar e na sala de jantar. "É uma pedra que gosto e me identifico há bastante tempo. Ela traz aspectos muito importantes, como intuição, proteção e vitalidade. Também funciona como um filtro de energias ruins, transformando-as em boas vibrações", comenta o profissional, que participa pela sexta vez da Mostra.

Outro ponto que faz dela tão encantadora, na opinião dele, é a sua formação geológica. "A pedra roxa é envolta pelo basalto. E aqui temos uma mistura de brutalidade com delicadeza", diz. Foi essa característica, inclusive, que o inspirou a criar um espaço no qual o granito cinza se destaca e "abraça" todos os cômodos. "Os paineis da parede, por exemplo, têm o formato das formações geológicas do planeta. É tudo muito ancestral. Carrega a energia do desenvolvimento da Terra e ao mesmo tempo a pureza do cristal", diz. 

Ao caminhar pelo projeto, você se depara com paredes inteiras de pedra (granito cinza escovado), que dão um grande impacto visual. Há também revestimentos de proporções amplas, e diversos outros elementos pesados. "A minha proposta foi utilizar todos esses recursos, com os quais me identifico e, ao mesmo tempo, fazer um ambiente sofisticado, leve e feminino", explica o profissional. 

Segundo ele, o grande desafio foi chegar nessa combinação de itens de extrema personalidade, como as pedras, com o minimalismo.

Fórmula matemática que encanta

De acordo com o profissional, o ambiente é um exemplo de como dá para potencializar o valor de mercado de um imóvel por meio de escolhas arquitetônicas inteligentes. "O desenvolvimento é inteiramente focado nisso. Usamos materiais e elementos com o objetivo de valorização comercial", comenta. 

Note que o apartamento é  formado por vários ângulos e paredes inclinadas. Michael conseguiu extrair o melhor dessa característica, que poderia ser vista como um empecilho. "Desenhei o piso seguindo essas formas. O forro também: foi todo desenvolvido com placas. O mobiliário se encaixa nessa proposta, com a marcenaria acompanhando todo esse movimento. Criamos uma matemática para dar sutileza ao ambiente. Tudo se encaixa", explica o arquiteto.

O hall de entrada é um dos grandes destaques. Há, ali, um lago em frente aos brises de madeira escura. "Projetamos um vaso e incluímos plantas e peixes para convidar a natureza a fazer parte, fazendo uma alusão ao nosso ambiente anterior, a Casa na Floresta", comenta.

Em relação à paleta de cores, os tons principais são o cinza e o verde. Tudo isso, claro, pincelado com o violeta das pedras - e também das cadeiras que acompanham a mesa de jantar. Há também diversos elementos em marcenaria para complementar a mistura de tonalidades, como o MDF cinza e os brises de madeira escura do hall.

Curadoria que abraça

Se a arquitetura é um presente para os olhos, a decoração também é um espetáculo à parte. Michael fez uma curadoria especial das peças para garantir o conforto e a elegância do ambiente. O sofá é a grande estrela. Brilham também as poltronas Mole e a cadeira Girafa.

Outros nomes de peso reforçam o protagonismo do mobiliário. Há também muitas obras de arte. "Escolho pessoalmente todas que entram no projeto. Fiz um equilíbrio entre o maximalismo, com a obra principal gigantesca repleta de cores vibrantes, com o minimalismo das peças em tons neutros e suaves. Conseguimos ver essa dualidade em todo o ambiente", diz.

Essa mistura de potência e delicadeza é, sem dúvidas, marcante no espaço assinado pelo profissional, que participa da mostra pela sexta vez. Enquanto a pedra carrega a brutalidade, as escolhas sensíveis do profissional conseguem extrair desse peso uma característica tão importante para o bem viver: a sutileza. 

Da redação

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