Ana Trevisan lança novo tom no catálogo da Vaso&Cor
O novo espaço na CASACOR/SC explora a conexão com os povos originários, resultando na criação da cor Urucum, um tributo à cultura Guarani
Tudo começou há um ano quando a arquiteta e paisagista Ana Trevisan, do escritório Ana Trevisan Espaços Vivos, encontrou o empresário Erivelto Fonseca, fundador da Vaso&Cor. Eles conversaram sobre muitos assuntos e perceberam que a longa parceria apontava para novos passos juntos, como por exemplo, a celebração de ambas as trajetórias. Ana comemora duas décadas de atuação no mercado e a Vaso&Cor completa 15 anos de atividade em 2024.
A dupla, então, decidiu criar um espaço no roteiro da CASACOR/SC-Florianópolis para somar seus trabalhos e produtos. Mas não poderia ser qualquer metragem. Ana desejava causar um positivo impacto logo na entrada da mostra catarinense e envolver os visitantes com as flores e plantas distribuídas numa configuração de praça de convivência chamada de "O Futuro é Ancestral", em referência ao livro do ativista indígena Ailton Krenak.
O resultado desta colaboração pode ser conferido na mostra catarinense, em cartaz no empreendimento The Season Residence Club, no bairro João Paulo, onde os 30 ambientes ficam em exposição até 24 de novembro.
Urucum, uma nova cor
Focada no tema proposto pela mostra catarinense "De presente, o agora", Ana iniciou uma ampla pesquisa com os olhos voltados para os povos originários da região. Nos arredores da Grande Florianópolis, a arquiteta buscou estabelecer trocas com os moradores da aldeia Guarani, uma das primeiras etnias a serem contatadas pelos europeus que chegaram ao Brasil há cerca de 500 anos.
As conversas abasteceram a profissional com referências para o espaço. E desdobraram também a criação de um novo tom no catálogo da Vaso&Cor, o Urucum, lançado na Praça "O Futuro é Ancestral".
"Chegamos ao Urucum, uma planta muito utilizada na cultura indígena. O pigmento é usado em várias ocasiões, seja nas pinturas do rosto, na culinária e nos rituais guaranis. A pigmentação vermelha está muito presente nas aldeias da região e, especialmente, nos povos da Amazônia", comenta Ana.
Definida a coloração pela profissional, ficou nas mãos do empresário Erivelto Fonseca chegar ao ponto ideal do tingimento. Os testes na fábrica tomaram tempo e envolveram tentativas a partir da combinação de diferentes matizes. Ao final do experimento, Erivelto chegou a duas cores.
A primeira, um vibrante vermelho que remete à vivacidade do Urucum, exibida com exclusividade na mostra catarinense com assinatura da arquiteta. E a segunda, um marrom mais desbotado, que representa o estágio mais avançado da planta em efeito mais envelhecido. Ambas são aplicadas nos modelos de vasos da marca com acabamento "Tom de Rocha", que ambientam a praça.
Da redação
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