Violência contra a mulher em foco no mundo todo
Com foco na erradicação de todas as formas de violência contra meninas e mulheres, a campanha internacional '16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher' tem início nesta segunda-feira, em 160 países. No Brasil, a mobilização começou em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e seguirá até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
No primeiro semestre de 2024, a Justiça de Santa Catarina julgou em média 56 casos de violência doméstica por dia. Ao todo, foram 11.948 processos, número 24,81% maior em relação aos anos de 2022 e 2023, segundo a Cevid (Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar). O objetivo da campanha é conscientizar sobre os diferentes tipos de violência de gênero e fomentar ações concretas que promovam igualdade, segurança e justiça.
"Combater a violência contra as mulheres vai além de medidas punitivas. Envolve educação, conscientização e empoderamento para quebrar a cultura do machismo enraizada na sociedade", afirma Sérgio Raulino, coordenador do projeto Empoderando-se de defesa pessoal feminina.
Raulino destaca que as ações preventivas, como o conhecimento sobre relacionamentos tóxicos e o fortalecimento da autoestima, são cruciais. "Mulheres que conhecem sua força, tanto física quanto emocional, estão mais preparadas para identificar sinais de perigo e se afastar de situações violentas. A autodefesa não é apenas sobre luta, mas sobre assumir o controle da própria vida", explica.
Pioneiro no estado e com mais de seis anos de atuação em Santa Catarina, o projeto Empoderando-se já alcançou milhares de mulheres por meio de cursos, oficinas e rodas de conversa. "Trabalhamos para transformar o emocional e o físico das participantes, promovendo autoestima e saúde mental por meio de técnicas práticas de defesa e autoconhecimento. Isso é empoderamento", ressalta Raulino.
A campanha '16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher' também reforça a importância da ação coletiva e das políticas públicas para a construção de uma sociedade mais equitativa. São realizadas atividades educativas e culturais, fortalecendo redes de apoio e promovendo a conscientização sobre direitos. A mensagem central é clara: combater a violência contra as mulheres é responsabilidade de todos. Juntos, é possível construir um futuro mais seguro, inclusivo e igualitário.
“Não existe uma solução simplista, mas uma série de ações que, em conjunto, farão a diferença. Desde a educação, para ensinar os direitos das mulheres, até a Justiça, para garantir que as leis sejam eficazes”, diz Raulino.
Segundo o coordenador do Empoderando-se, também passa pelo suporte psicológico, jurídico e social às mulheres que sofrem violência, além do empoderamento emocional, para que elas saibam identificar os sinais de predadores e relacionamentos tóxicos para prevenir possíveis violências.
“A melhor forma de se proteger da violência é evita-la. Uma mulher independente emocional, social e economicamente, dificilmente se contentará em estar num relacionamento tóxico e violento. Por isso a importância de campanhas de conscientização da violência contra a mulher, para que elas saibam que não estão sozinhas e busquem ajuda”, finaliza.
Da redação
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