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Tornozeleira eletrônica e toque de recolher: Bolsonaro não vem mais a SC

Tornozeleira eletrônica e toque de recolher: Bolsonaro não vem mais a SC
Ex-presidente é alvo de medidas cautelares após operação da Polícia Federal e não poderá mais viajar, nem usar redes sociais. (Foto: Reprodução internet)

Publicado em 18/07/2025

A viagem de Jair Bolsonaro a Santa Catarina, prevista para o fim de julho, foi cancelada após decisão do Supremo Tribunal Federal que impôs ao ex-presidente o uso de tornozeleira eletrônica e uma série de outras restrições. As medidas cautelares, determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (18), também impedem Bolsonaro de sair de Brasília.

No dia anterior à decisão, Bolsonaro havia declarado em coletiva no Senado Federal que pretendia visitar o estado. “Depende dos médicos e da Michelle. Eu acho que, no final do mês, vou estar em Santa Catarina”, afirmou, antes de as restrições serem anunciadas.

Além da proibição de viagens, o ex-presidente está impedido de sair de casa entre 19h e 6h durante a semana, assim como aos fins de semana e feriados. Ele também não pode frequentar sedes diplomáticas, manter contato com embaixadores ou outros investigados, nem utilizar redes sociais – direta ou indiretamente.

As medidas foram tomadas no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão, um na residência de Bolsonaro, localizada no bairro Jardim Botânico, em Brasília, e outro na sede do Partido Liberal (PL), do qual ele faz parte.

Segundo a PF, Bolsonaro teria atuado para interferir no julgamento das ações relacionadas ao 8 de janeiro, o que pode configurar crimes como obstrução de Justiça, coação no curso do processo e atentado à soberania nacional.

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou ter recebido as medidas com “surpresa e indignação”, ressaltando que Bolsonaro sempre cumpriu determinações do Judiciário. O PL também se manifestou, classificando a ação da Polícia Federal como motivo de “estranheza e repúdio”.

 

 

 

 

Da redação

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