00:00
21° | Nublado

Proposta quer simplificar taxas em cartórios de SC

Objetivo é unificar as cobranças do FRJ e do Selo de Fiscalização (Foto: Divulgação/TJSC) **Clique para ampliar

Publicado em 21/11/2022

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) encaminhou à Assembleia Legislativa uma proposta para simplificar e desburocratizar a cobrança de duas taxas praticadas nos cartórios de notas e de registros do estado. Trata-se do Projeto de Lei Complementar (PLC) 25/2022, atualmente sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alesc.

A matéria atinge a taxa do Fundo de Reaparelhamento da Justiça (FRJ) e o Selo de Fiscalização, ambos cobrados nos procedimentos realizados nas serventias notariais e de registro. De acordo com a justificativa do PLC 25/2022, as duas taxas serão consolidadas em um único tributo, cuja base de cálculo será mais simples e transparente, com a aplicação de um percentual sobre o valor dos emolumentos, que será de 22,73%.

Urbano Salles apresenta mix de notícias sobre SC

O TJSC argumenta que a nova proposta vai desonerar a administração pública e permitir maior transparência na cobrança do FRJ e do selo. Tal mudança é considerada necessária, pois, conforme consta na justificativa do PLC, as normas vigentes para a cobrança das taxas “se mostram complexas e anacrônicas e os procedimentos para tal finalidade se revelam onerosos à Administração Pública e ao usuário”. Além disso, a maneira como a FRJ e o selo são cobrados “impõe auditorias constantes para verificação de sua correção. Esse ônus operacional representa despesas públicas comprometidas na manutenção de atividades burocráticas desnecessárias.”

Em ofício encaminhado junto com o projeto de lei complementar, a Diretoria de Orçamento e Finanças do Poder Judiciário estadual informa que a mudança foi proposta pela Associação dos Notários e Registrados de Santa Catarina (Anoreg-SC) e que, se aprovada, não implicará em aumento ou diminuição da arrecadação com as taxas a serem unificadas. No ano passado, as arrecadações das duas taxas, somadas, resultaram em quase R$ 230 milhões.

Confira a previsão do tempo para a semana

O FRJ foi criado em 1990 com o objetivo principal de reaparelhar e modernizar a Justiça catarinense. Sua arrecadação é investida em melhorias físicas e tecnológicas no Judiciário, Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e sistema prisional estadual.

Já o Selo de Fiscalização foi instituído em 1998 com o objetivo de aprimorar a segurança dos atos notariais e registrais praticados nos cartórios. Além de ressarcir os atos notariais gratuitos, a arrecadação obtida com o selo custeia a ajuda de custo para cartórios que são deficitários e cobre custos relativos à fiscalização de atos notariais e registrais.

Saúde integral: você sabe o que é?

O PLC 25/2022 também altera a repartição dos recursos obtidos com a cobrança das duas taxas. Do montante arrecadado, 24,42% serão do Fundo Penitenciário do Estado de Santa Catarina (Fupesc), 4,88% ao Fundo Estadual de Modernização e Reaparelhamento do Ministério Público (FERMP), 26,73% para as atribuições do Selo de Fiscalização, 19,54% ao FRJ e até 24,42 à assistência jurídica gratuita.

Na Alesc, o PLC 25/2022 passará pela análise da CCJ, da Comissão de Finanças e Tributação e da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público antes de ser votado em plenário. Atualmente, a matéria está na CCJ, sob a relatoria do presidente da comissão, deputado Milton Hobus (PSD).

Da redação

 

Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!

Para mais notícias, clique AQUI