SC enfrenta surto grave de influenza

Santa Catarina vive um momento crítico no inverno de 2025. O aumento expressivo de casos graves de síndrome respiratória aguda (SRAG), especialmente provocados pelo vírus da influenza, acendeu um sinal de alerta nas autoridades de saúde. Com as UTIs adultas operando com 94,5% de ocupação, o sistema hospitalar estadual enfrenta pressão crescente, mesmo com a abertura recente de novos leitos.

Segundo o mais recente boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, entre janeiro e junho deste ano, o estado registrou 1.546 casos de SRAG por influenza, com 190 mortes confirmadas. Trata-se de um salto de 163,9% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 72 óbitos. A taxa de letalidade chega a 12,3%, e cerca de 88% das vítimas tinham mais de 50 anos de idade. O vírus influenza A (H1N1) é o mais prevalente entre os casos.

Apesar da gravidade da situação, a cobertura vacinal contra a gripe segue abaixo do ideal. Apenas 46,49% do grupo prioritário recebeu a vacina — um número considerado preocupante pelas autoridades. Esse grupo inclui idosos, crianças pequenas, gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades. A baixa adesão favorece a circulação do vírus e amplia o risco de agravamento dos quadros respiratórios.

O cenário se agrava ainda com a circulação de outros vírus respiratórios no estado. Neste ano, foram registrados 3.116 casos de SRAG por OVR (Outros Vírus Respiratórios), com 62% relacionados ao rinovírus e 50 óbitos confirmados. A Covid-19 também permanece em circulação, com 265 casos de SRAG e 40 mortes notificadas em 2025.

Para tentar conter a pressão sobre a rede hospitalar, o governo estadual abriu, no fim de junho, 23 novos leitos de UTI nos municípios de Criciúma, Timbó e Indaial. As unidades foram direcionadas a adultos, crianças e recém-nascidos em estado grave. Desde 2023, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, Santa Catarina já criou 264 novos leitos de terapia intensiva distribuídos em diversas regiões.

Em nota, a pasta reforçou que os hospitais estaduais continuam operando com uma taxa de ocupação historicamente elevada — acima de 80% — impulsionada pela demanda por procedimentos especializados e emergenciais, como cirurgias que exigem internação em UTI no pós-operatório.

A Secretaria da Saúde destaca que o controle da situação não depende apenas da expansão de leitos, mas principalmente da prevenção. A vacinação continua disponível para toda a população e protege contra os principais vírus da gripe em circulação no país. Entre as orientações do governo, estão:

-Manter a vacinação em dia;

-Higienizar as mãos com frequência;

-Usar máscara ao apresentar sintomas;

-Evitar ambientes fechados e com pouca ventilação;

-Procurar atendimento médico ao surgirem sinais de infecção respiratória.

Com o inverno em curso e os números em alta, o apelo das autoridades é claro: é hora de a população agir para conter a disseminação do vírus e evitar um colapso no sistema de saúde.

Da redação

Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!

Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!

Para mais notícias, clique AQUI