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SC é líder em pescado — mas o perigo está no rótulo

Cidasc orienta consumidores a verificarem o selo de inspeção ao comprar pescado. (Foto: Ascom/Cidasc)

Publicado em 11/04/2025

Com a proximidade da Semana Santa, o consumo de peixe aumenta significativamente, já que o alimento é tradicionalmente escolhido para as refeições da Sexta-Feira Santa. Rico em proteínas e nutrientes, o pescado é uma excelente opção — desde que sejam seguidos os cuidados necessários para garantir sua segurança e qualidade.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) alerta que todo pescado deve ser processado em estabelecimentos que possuam registro em algum serviço de inspeção sanitária. Esses locais seguem rigorosos padrões de higiene e controle, justamente para evitar contaminações que possam colocar a saúde da população em risco.

De acordo com a médica-veterinária da Cidasc, Débora Veiga de Oliveira, todo o processo de beneficiamento é fiscalizado: desde a recepção do peixe, que passa por uma avaliação visual, limpeza com água clorada e controle de temperatura, até a expedição do produto final. "São medidas fundamentais para assegurar que o peixe chegue ao consumidor com qualidade e segurança", afirma.

A Cidasc atua por meio do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), que atualmente mantém 478 estabelecimentos ativos — incluindo frigoríficos, laticínios, entrepostos de mel e unidades especializadas em pescado. A função desses registros é garantir que os alimentos de origem animal sejam seguros para o consumo humano.

O consumidor deve estar atento: ao comprar peixe ou frutos do mar, é essencial verificar se há o selo de inspeção sanitária na embalagem ou no local de venda. Esse selo pode ser municipal (SIM), estadual (SIE), federal (SIF) ou do Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi), todos válidos para garantir que o produto foi processado de acordo com as normas legais.

Além disso, a vigilância sanitária municipal e estadual também atua na fiscalização dos pontos de venda, verificando condições de higiene e armazenamento dos produtos comercializados.

Como identificar um peixe realmente fresco?

Na hora de escolher peixe fresco, há sinais visuais e sensoriais que ajudam o consumidor. Conforme explica Débora, o peixe fresco possui olhos brilhantes, salientes e com aparência vívida, além de apresentar um leve odor característico do mar. Outros indicativos importantes incluem:

-Escamas brilhantes e firmes, bem aderidas à pele;

-Carne firme e elástica, sem manchas escuras;

-Coloração viva, variando do rosado ao vermelho, dependendo da espécie.

Em casa, a conservação correta também é fundamental. O peixe deve ser mantido refrigerado ou congelado, respeitando sempre a validade indicada. Mesmo após o preparo, carnes e pescados devem continuar sob refrigeração para evitar riscos de contaminação.

Santa Catarina: referência na produção de pescado

O estado de Santa Catarina se destaca nacionalmente na produção de pescado, tanto pela pesca tradicional quanto pela aquicultura — atividade que vem crescendo nas regiões do interior, especialmente com a criação de tilápias em tanques. Toda essa produção é monitorada pela Cidasc, que acompanha a saúde dos animais aquáticos.

Além disso, Santa Catarina lidera no cultivo de ostras e mexilhões. As áreas de cultivo desses moluscos passam por análises constantes, que detectam a presença de toxinas naturais resultantes da proliferação de algas. Quando esses níveis ultrapassam os limites aceitáveis, a coleta é suspensa temporariamente como medida preventiva.

Seja proveniente da pesca artesanal, da criação em tanques ou do cultivo no mar, todo o pescado comercializado no estado deve passar por estabelecimentos registrados em serviço de inspeção sanitária. Dessa forma, a população catarinense pode ter a certeza de estar consumindo um produto seguro e de qualidade durante a Semana Santa — e ao longo de todo o ano.

 

 

 

Da redação

Fonte: Secom

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