Queda nos preços dos alimentos deve continuar

A inflação brasileira apresentou resultado negativo em agosto, trazendo um respiro para as famílias. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, o país registrou deflação de 0,11%, a mais significativa desde setembro de 2022. O número é 0,37 ponto percentual menor que o de julho. No acumulado de 2025, a inflação está em 3,15%, e, nos últimos 12 meses, em 5,13% — levemente abaixo do índice anterior de 5,23%.

Alimentos mais baratos na mesa

Boa parte desse resultado veio da queda nos preços de alimentos essenciais. Tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%) ficaram mais acessíveis. Nos combustíveis, também houve recuo: gasolina (-0,94%), etanol (-0,82%) e gás veicular (-1,27%).

O destaque, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foi o arroz. “Quem pagava no ano passado R$ 27 ou R$ 30 no pacote de cinco quilos hoje encontra por R$ 15 a R$ 18”, afirmou em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

Produção recorde impulsiona preços baixos

Teixeira atribuiu a queda de preços ao bom desempenho da produção agrícola. Ele antecipou que o Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025, divulgado nesta quinta-feira (11), confirma o terceiro recorde consecutivo de colheita.

Além disso, o ministro lembrou que o Plano Safra, principal política de financiamento ao setor, também registrou recordes pelo terceiro ano seguido. Foram cerca de R$ 500 bilhões destinados à agricultura, dos quais R$ 78 bilhões para a agricultura familiar — com juros subsidiados.

Expectativa de continuidade

O ministro reforçou que a tendência é de manutenção da deflação de alimentos nos próximos meses. Segundo ele, a redução dos preços não está ligada ao chamado “tarifaço”, que ocorreu em junho. “O presidente Lula tem o controle da inflação como prioridade e o governo seguirá atuando para garantir estabilidade”, destacou.

Da redação

Fonte: RCN

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