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Profissionais das equipes de Saúde da Família de Florianópolis foram capacitados para o atendimento a pessoas expostas a situações de violência sexual. Perto de 300 pessoas passaram pelos encontros, promovidos na UFSC pela Rede de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual (RAIVS).

Entre os assuntos abordados estão a resolução de casos guiados no Protocolo de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual, onde estão descritas as competências de cada instituição integrante da RAIVS, os procedimentos clínicos, laboratoriais e de interrupção legal de gestação, as profilaxias pós-exposição a Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV, as técnicas de coleta de vestígios,  assim como o fluxo das pessoas para acessar os serviços de atenção.

Dados

Em 2016, Florianópolis registrou 133 casos de violência sexual,conforme a base de dados do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAN). Do total de casos, a faixa etária que apresentou maior número de notificações foi entre 20 e 39 anos, com 35% dos casos, seguido de 32%, entre 0 e 9 anos, e 30%, entre 10 e 19 anos.

O sexo feminino representou 90% do total de casos notificados em todas as faixas etárias. Outro dado relevante identificado refere-se aos agressores, que são os próprios pais ou padrastos (14%), amigos ou conhecidos (30%). A indicação de que a violência acontece dentro dos lares corresponde a 44% desses casos. Entre 2008 e 2016, foram notificados 725 casos de violência sexual de pessoas residentes no município de Florianópolis.

Cooperação

A articulação intra e intersetorial favorece o compartilhamento dos recursos, otimiza as ações, possibilita a integração dos bancos de dados  para produzir evidências e consequentes ações de atenção e proteção mais eficazes.

As instituições que fazem parte da RAIVS são: Maternidade Carmela Dutra, Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Nereu Ramos, o Instituto Geral de Perícias, Delegacia de Proteção à Mulher e a Criança e ao Adolescente, Delegacias de Polícia, Conselho Tutelar, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Assistência Social e  Secretaria Estadual da Saúde.

Da Redação