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Praias de SC registram milhares de casos de queimaduras por águas-vivas

O o maior número de acidentes é causado pela espécie de água-viva chamada Olindias sambaquiensis (Foto: Camila Sotili/ Divulgação/UFSC) **Clique para ampliar

Publicado em 22/02/2023

As praias catarinenses registraram mais de 16 mil ocorrências de queimaduras por caravelas e medusas - popularmente denominadas de águas-vivas -, nos últimos dois meses, número quatro vezes maior do que o mesmo período da temporada de verão do ano passado. Os dados são do Corpo de Bombeiros Militar de SC.

Em Florianópolis, as praias do Campeche, no Sul da Ilha, e Barra da Lagoa, no Leste, registram casos desde o início de dezembro passado. Porém, as praias do Sul do Estado são as que mais registram casos este ano. Na região, o maior número de acidentes é causado pela espécie de água-viva chamada Olindias sambaquiensis.

De acordo com o biólogo e professor Alberto Lindner, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB), o aparecimento das caravelas acentua-se devido ao fenômeno da lestada – ventos que transportam esses animais de alto-mar para as áreas do litoral. Segundo ele, este tipo de ocorrência pode acontecer na capital catarinense no intervalo entre a primavera até o fim do verão. "As caravelas são animais de água quente, de alto mar e, que nos meses de verão e primavera, são trazidos pelos ventos para a nossa costa", destaca.

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As caravelas têm coloração roxa e tentáculos que podem chegar a 10 metros de comprimento. Já as medusas são transparentes e têm formato de guarda-chuva. Em comum, elas têm toxinas que causam muita dor e sensação de ardência na pele. Os tentáculos são usados para proteção contra predadores e alimentação, já que ajudam a paralisar as presas.

 

Como agir em casos de acidentes?

• Saia da água imediatamente, porque o envenenamento pode causar câimbras e há risco de afogamento;

• Lave com água do mar para retirar restos de tentáculos aderidos;

• Lave com vinagre por alguns minutos para desativar o veneno e prevenir novas inoculações na pele;

• Amenize a dor com água do mar gelada ou gelo artificial envolto por panos. Essas compressas frias têm efeito analgésico para vários tipos de envenenamentos com caravelas ou águas-vivas.


O que não fazer?

• Nunca urine, nem use substâncias como álcool ou refrigerante sobre a lesão, pois não há comprovação de eficácia dessas substâncias em amenizar os efeitos da lesão;

• Nunca lave com água doce, uma vez que a medida pode aumentar o envenenamento e agravar a lesão;

• Evite usar toalhas, areia ou outro material abrasivo para retirar restos de tentáculos, pois isto também pode aumentar a injeção de toxinas por explodir as cápsulas com veneno.


Fonte: Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas

 

Da redação

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