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A festa mais popular do Brasil é também a que mais leva pessoas as ruas. Seja para quem gosta de muita música e alegria nesta época do ano ou para quem prefira o silencio e o descanso, a festa mais popular do planeta é sempre uma ótima pedida.

Além de ser uma festa democrática, o Carnaval também marca o início do ano – pelo menos no Brasil, onde, em inúmeras situações, compromissos são deixados para depois desta data.

A neurocientista do Supera – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci, explica que a expectativa por esse momento de festa deixa as sinapses do cérebro hiperativas, o que independe de estar no time dos foliões ou dos que preferem descanso.

“A ansiedade por um feriado desta natureza é real e acontece em diferentes contextos. Seja para quem gosta ou não desta festa, não podemos negar que esta é uma data enraizada na cultura do nosso país e que mexe com emoções e muitos sentimentos”, detalhou a neurocientista.

Ela lembra ainda que o Carnaval está no imaginário coletivo, é a festa dos encontros e das grandes aventuras, um momento para viver as histórias que ficarão guardadas na memória para sempre. “Quando pensamos em histórias, a fantasia é algo muito presente no Carnaval e, por isso, as lembranças são sempre fortes na memória. Em momentos como este podemos deixar as roupas e a personalidade de lado e nos transformarmos em quem quisermos. Pensando no ponto de vista de cérebro, essa liberdade, mesmo que momentânea, é uma grande injeção de adrenalina e criatividade. As fantasias são uma forma de expressão muito marcante para o nosso cérebro”, explicou a especialista.

Carnaval faz bem para o cérebro?

A resposta é: sim! Podemos entender as emoções do Carnaval quando olhamos também para os neurotransmissores, que são mensageiros neuronais, uma espécie de carteiros que levam mensagens de uma célula a outra no cérebro. Essas substâncias são classificadas em diferentes grupos de acordo com sua constituição química “Podemos lembrar da liberação de dopamina – um hormônio do prazer e satisfação, além de serotonina, diretamente ligada ao humor entre outros que são muito positivos para o bem-estar”, lembrou Livia Ciacci.

Em qual time você está?

Para quem é do time dos foliões, se fantasiar, cantar, dançar, brincar e até paquerar representam ações para extravasar energias e as tesões acumuladas do dia a dia. Esses momentos contribuem muito para trazer variedade e novas experiências para o cérebro, por isso. cuide e planeje bem para vivê-los com as pessoas que gosta e com segurança.

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Para quem é do time dos caseiros, ou daqueles que buscam viagens tranquilas, também aproveite para extravasar e se desconectar. De acordo com a neurocientista, os benefícios do recesso para o cérebro serão proporcionais ao quanto você consegue ficar longe das preocupações e do estresse durante esses dias. Que tal dar um descanso também para o celular e para o computador? Conhecer uma cachoeira diferente e experimentar jogos de tabuleiro em família são ótimas opções.

“Mas a verdade é que, ambos os times, são donos de cérebros que passam a rotina lidando com atividades profissionais e pessoais constantemente recheadas de preocupações e afazeres. Robert Sapolsky, especialista em estresse, diz que o cérebro cansado fica mais focado ainda em enxergar problemas onde ainda não há nenhum. Então o feriado de carnaval pode representar uma pílula de recuperação do corpo e da mente se bem planejado”, explicou a especialista.

Agora, se você é do time dos anticarnavais, pense um pouco mais sob outros pontos de vista! Além daqueles que aproveitam o recesso para se divertir e descansar, imagine quantas pessoas contam com o carnaval para movimentar seus negócios, produtos e serviços? Quantas pessoas vivem longe e podem visitar a família ou os amigos? O quanto o clima de “achar graça na vida” pode colorir nossos dias e dar forças para superar desafios?

Da redação
 

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