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Nota de luto pela morte de professora vítima de feminicídio na Capital

A professora Alessandra Abdalla foi vitima de femincídio nessa quinta-feira, a caminho do trabalho (Foto: Divulgação/PMF) **Clique para ampliar

Publicado em 25/11/2022

Nesta sexta-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, foi enterrada a professora da rede municipal de ensino de Florianópolis, Alessandra Abdalla, 45 anos, vitima de femincídio. Ela foi brutalmente assassinada na manhã dessa quinta-feira, 24, pelo seu ex-companheiro enquanto se deslocava para seu local de trabalho.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e da Promoção da Igualdade de Gênero da Câmara Municipal de Florianópolis emitiu uma nota de luto e pesar por Alessandra Abdallah.

Confira na íntegra:

"A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e da Promoção da Igualdade de Gênero manifesta, com profunda tristeza, luto e pesar por Alessandra Abdallah, professora auxiliar do Núcleo de Educação Infantil Municipal - NEIM do bairro Tapera, que foi brutalmente assassinada a tiros por seu ex-companheiro, policial miliar, na manhã do dia 24/11/2022, nas proximidades do referido NEIM.

Alessandra deixou uma mãe, filha, família e inúmeros alunos da rede de ensino municipal para os quais lecionava. Salienta-se que a vítima possuía em seu favor uma medida protetiva que, infelizmente, não foi o suficiente para proteger a integridade e a vida de Alessandra.

Esta Comissão solicitará junto à Prefeitura Municipal de Florianópolis o apoio psicológico e social à família da vítima e demais providências necessárias ao Núcleo de Educação e seus servidores e servidoras.

Ressalta-se que é inadmissível que o Estado, na qualidade de garantidor daqueles que se encontram em situação de maior vulnerabilidade, como é o caso da mulher que recebe uma medida protetiva, falhe quando se requer mais severidade e eficácia dos instrumentos judiciais para preservar a vida. O fato de o criminoso ser um membro de uma corporação militar Estadual causa espécie, e, mais ainda, por existir uma medida anterior ao delito consumado, sendo esse o crime mais hediondo que existe que é ceifar uma vida de forma cruel e covarde.

Dessa forma, esta CDDMPIG não se quedará silente diante de um fato tão vil dentro de Florianópolis, acionará e fiscalizará o porquê dessa vítima, que estava sob os cuidados e tutela do Estado, não teve a devida proteção que merecia.

A fim de evitar novos casos que, infelizmente, não são isolados e acima de tudo, garantir justiça em respeito à memória de Alessandra Abdallah e de outras tantas mulheres vítimas de violência, a Comissão acompanhará as investigações e fiscalizará a aplicação da devida punição.                       

São esses os préstimos de pêsames e condolências."  

 

Da redação

 

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