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Morar em um barco ou apartamento frente mar?

No litoral norte de Santa Catarina, uma das regiões com o metro quadrado mais valorizado do Brasil, viver a bordo de uma embarcação tem se tornado opção atraente, com o bônus de ter uma 'casa que se desloca para destinos exclusivos' e uma 'vista permanente para o mar'. (Foto: Divulgação/Marina Itajaí)

Publicado em 05/10/2024

Com alugueis que ultrapassam os R$ 10 mil em bairros como a Beira-Rio, o município de Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina, tem vivido um crescimento acelerado no mercado imobiliário, e registrou uma valorização de 90% nos últimos cinco anos. A cidade avançou da quinta para a terceira posição no ranking nacional de valorização do metro quadrado, segundo o levantamento mais recente da FipeZap. Conhecida também como o maior polo náutico do Brasil, Itajaí atrai velejadores de diversas regiões e de outros países, que optam por morar a bordo de suas embarcações na mesma região ao invés de alugar casas ou apartamentos, e ainda garantem uma ‘vista permanente para o mar’. Na Marina Itajaí, cerca de 10 famílias moram a bordo de veleiros. O complexo náutico está localizado no coração da cidade, próximo a supermercados, comércio, hospital, farmácia e oferece infraestrutura como internet, estacionamento, lavanderia, vestiário, segurança 24h, além de conveniência e restaurante. Além disso, fica ao lado do Centreventos, espaço que recebe o maior campeonato de vela do mundo, a The Ocean Race. 

Um exemplo é o velejador e engenheiro Vinicius Freitas, que mora há sete anos em um veleiro, e há 4 ao lado da esposa arquiteta, Luciana Tenorio."Eu entrei para o mundo da vela aos 14 anos, através de competições. Naquela época, ao observar os veleiros maiores, que pareciam verdadeiras casas flutuantes, nasceu um desejo muito forte de ter o meu próprio barco e morar nele. Hoje, moro com a minha esposa a bordo do veleiro Nomad Wind, de 32 pés na Marina Itajaí. Quando nos casamos, ela aceitou o desafio de viver em um barco, e o mais interessante é que ela nunca havia tido qualquer contato com a vela, nunca havia velejado e, provavelmente, jamais havia pensado em morar a bordo. Mas, mesmo assim, topou a ideia e hoje vivemos essa aventura juntos”, conta. 

O veleiro do casal pode ser comparado a um apartamento de um quarto com vista para a Beira-Rio, cujo aluguel médio na localização mais nobre da cidade gira em torno de R$ 5 mil, fora o condomínio. A embarcação dispõe de um quarto com cama de casal, sala com sofá que se transforma em uma cama de casal extra, um banheiro com chuveiro e água aquecida, além de uma cozinha equipada com fogão, geladeira, pia com água quente e espaços de armazenamento (paióis) tanto internos quanto externos. O casal gasta mensalmente R$ 2,3 mil pela vaga molhada na Marina Itajaí, o que inclui internet, segurança e assistência 24 horas, além de comodidades como lavanderia, vestiário e estacionamento. Já a manutenção mensal para um veleiro desse porte custa cerca de R$1.000. 

"A Marina Itajaí é o nosso lar desde 2017, quando trouxe o veleiro Nomad para cá. A escolha foi simples: ela está localizada no centro de Itajaí, o que facilita muito a nossa rotina. Além disso, a estrutura oferecida nos dá tranquilidade em relação às mudanças climáticas e facilita o acesso a manutenção de todo tipo. Outra vantagem é a comunidade de velejadores que encontramos aqui. Temos muitos amigos com quem podemos navegar, trocar ideias e experiências sobre os barcos. Nós amamos velejar e estar no mar, além de acordar todos os dias com esta vista privilegiada”, conta Vinicius. 

“Nossa região é reconhecida como um dos principais polos náuticos do Brasil, o que atrai ainda mais navegadores. Durante a pandemia, chegamos a ter mais de 30 famílias morando a bordo, incluindo crianças e até animais de estimação. Este ambiente acolhedor e seguro faz da Marina Itajaí um lugar especial para quem deseja viver sobre as águas", afirma Carlos Gayoso de Oliveira, diretor da Marina Itajaí. 

 

 

Da redação

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