Março Lilás e Amarelo: foco na saúde da mulher
No mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) chama a atenção sobre as doenças que acometem o sexo feminino. A cor lilás traz a reflexão sobre o câncer de colo de útero, terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. A cor amarela é referente à endometriose que atinge mais de 7 milhões de mulheres no país, sem causa definida.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), indicam que no ano de 2022 cerca de 970 tiveram câncer de colo de útero detectados em Santa Catarina. Esse câncer é causado por infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.
Em grande parte das vezes, este tipo de câncer pode ser prevenido e a principal forma é a vacina. A imunização contra o HPV é a medida mais eficaz para prevenir a infecção pelo Papilomavírus. Ela atua contra os tipos de HPV mais frequentes (6, 11, 16 e 18) responsáveis pelo câncer de colo de útero, vagina, vulva, ânus e pênis e pelo aparecimento de verrugas genitais. O imunizante pode ser aplicado em meninos e meninas com idades entre 9 e 14 anos.
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Outra forma de prevenção está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação sexual. Os preservativos são distribuídos gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios.
Além disso, o exame preventivo, conhecido como Papanicolau, deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer. Em 2020 houve uma baixa procura devido à pandemia, com a realização de apenas 284.282 em SC, de acordo com o DataSUS. Porém, os números aumentaram nos anos subsequentes sendo que 405.794 mulheres realizaram o exame em 2021 e 427.040 em 2022.
Endometriose
A endometriose é uma modificação no funcionamento normal do endométrio, ou seja, mucosa que reveste a parede interna do útero, que em vez de ser expelida pela menstruação, ela faz o fluxo contrário e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
No Brasil, a doença atinge mais de 7 milhões de mulheres. Ainda sem uma causa definida, diferentes fatores estão associados à endometriose, como fatores genéticos, problemas no sistema imunológico, hormônios e problemas com o fluxo do período menstrual.
Problemas de infertilidade também estão associados em cerca de 40% das mulheres com endometriose. A doença está entre as causas possíveis da dificuldade para engravidar, mas a fertilidade pode ser restabelecida com tratamento adequado.
Principais sintomas:
– dor intensa em forma de cólica durante o período menstrual que pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;
– dor durante as relações sexuais;
– dor e sangramento ao urinar e evacuar, especialmente durante a menstruação;
– fadiga;
– diarreia;
– dificuldade de engravidar.
O importante é buscar atendimento, para que o diagnóstico seja realizado o mais breve possível e que o tratamento seja iniciado. Todos os exames indicados para a detecção da doença estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Fontes: Ministério da Saúde / INCA / DATASUS
Da redação
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