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Junho Vermelho expõe 8 mitos que afastam doadores

No Junho Vermelho, campanha nacional reforça a importância da doação de sangue e combate a desinformação. Saiba o que é mito e o que é verdade, segundo uma especialista da área. (Foto: Divulgação)

Publicado em 11/06/2025

A doação de sangue é um gesto simples e nobre que pode salvar vidas. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1,4% da população brasileira doa sangue anualmente — ou seja, a cada mil pessoas, apenas 14 são doadoras regulares. Embora esse índice esteja dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia entre 1% e 3%, o número ainda é considerado baixo.

Para incentivar uma maior adesão a esse ato de cidadania e solidariedade, foi criada a campanha Junho Vermelho, que reforça a importância da prática, especialmente no Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho.

A diretora-geral do HEMOSC, Patrícia Carsten, faz um chamado à população para reforçar o compromisso com a vida: “O sangue não tem substituto. A única fonte é a doação de uma pessoa saudável para quem precisa. Precisamos de um abastecimento contínuo e seguro para atender às demandas diárias”, destaca. Para manter o atendimento regular no estado, o HEMOSC precisa coletar ao menos 600 bolsas de sangue por dia — número que tem oscilado desde o ano passado.

A doação é essencial para garantir o tratamento de pacientes oncológicos, realização de cirurgias, atendimentos de urgência e outras condições médicas críticas. A participação regular da população é fundamental para manter os estoques em níveis seguros.

Apesar da relevância do tema, dúvidas e desinformação ainda afastam possíveis doadores. A biomédica Renata Arrazão esclarece mitos e verdades sobre o processo de doação:

Doar sangue afina ou engrossa o sangue?
Mito. O volume coletado (cerca de 450 ml) é reposto naturalmente em 24 horas, sem alterar a viscosidade do sangue.

Uma doação pode salvar até quatro vidas?
Verdade. O sangue é fracionado em componentes como hemácias, plasma e plaquetas, podendo atender até quatro pacientes diferentes.

Tatuagens e piercings impedem a doação?
Mito. É necessário aguardar 12 meses após fazer uma tatuagem. Piercings em mucosas ou na região genital também exigem um intervalo semelhante, principalmente se forem mantidos no corpo.

É preciso estar em jejum para doar sangue?
Mito. Deve-se estar alimentado. A orientação é fazer uma refeição leve antes da doação, evitando alimentos gordurosos.

Mulheres não podem doar durante a menstruação?
Mito. O ciclo menstrual não impede a doação. Mulheres podem doar a cada três meses, até três vezes ao ano.

Não posso doar sangue após ter sido vacinado?
Verdade. Algumas vacinas exigem um intervalo entre 2 dias e 4 semanas para doar. É importante informar a equipe de triagem.

Somente maiores de idade podem doar sangue?
Mito. Jovens a partir de 16 anos podem doar, com autorização dos pais ou responsáveis. A idade máxima é de 69 anos, desde que a primeira doação tenha ocorrido até os 60.

Posso doar independentemente do meu tipo sanguíneo?
Verdade. O tipo sanguíneo será identificado após a coleta. Todos os tipos são importantes — alguns podem ser mais requisitados em determinados períodos.

O HEMOSC, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (SES), é responsável por 98% da coleta e distribuição de sangue em Santa Catarina. O serviço é gerido pela Fundação de Apoio ao HEMOSC/CEPON (FAHECE), cujo presidente, Dr. Alvin Laemmel, reforça o apelo à solidariedade: “Um único doador pode ajudar até quatro vidas. É um ato de generosidade que faz a diferença para milhares de pessoas.”

As doações podem ser agendadas pelo site www.hemosc.org.br ou por telefone. No portal, é possível consultar os requisitos para doação, os horários de atendimento e os endereços das unidades.

 

 

 

Da redação

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