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O Judiciário catarinense lançou na segunda-feira (23), a campanha “Seu papel é fundamental, faça uma boa impressão”. O objetivo é diminuir o consumo do papel A4, utilizando-o de forma mais consciente, dentro de uma política institucional que vem sendo ampliada ao longo dos anos. Em 2015, por exemplo, a instituição usou 100 mil resmas de papel. No ano passado foram 23 mil, uma diminuição de 73%.

Fruto da Resolução GP n. 9/2024, que instituiu a política de impressões no âmbito deste Poder, a campanha está detalhada nesta página da web com dicas de impressão consciente, de leitura em tela e informações sobre bilhetagem, software adquirido recentemente pelo TJ que permite a gestão em tempo real do volume impresso, visualização de nível de toner e emissão de diversos relatórios gerenciais entre outros benefícios.

A redução do uso do papel no Poder Judiciário é consequência de uma série de medidas de controle adotadas pela Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) e pela Diretoria de Material e Patrimônio (DMP), entre elas a virtualização de serviços jurisdicionais e administrativos e o aprimoramento do controle de estoque e logística.

No momento, o PJSC está trocando todas as impressoras por modelos mais sustentáveis. “A meta é reduzir em 70% o consumo de resmas de papel per capita até 2026, em relação ao ano de 2019. Isso significa alcançar 1,487 resma per capita”, destaca a assessora técnico-jurídica da DMP Jullyana Kroon Tomaz Soares.

Elaborado com base em objetivos estratégicos institucionais, normas e programas de sustentabilidade, o projeto vai adequar o parque de equipamentos de impressão à realidade do processo virtual e ao compartilhamento de dispositivos.

Outra novidade, já em funcionamento, é o recurso de impressão retida, que permite a retirada do impresso em qualquer equipamento do Poder Judiciário por meio de senha própria. “Isto permitirá também a impressão de documentos sigilosos com maior segurança”, explica o chefe da Divisão de Suporte e Gestão de Ativos de TI, Rafael Severo Roman.

Entre outros aspectos, ações nesta direção são importantes porque a maior parte do papel consumido no Brasil é fabricada com celulose extraída de árvores como eucalipto e pinus. “Embora a celulose seja extraída de madeira de reflorestamento, a adoção da monocultura na plantação das árvores é uma prática pouco sustentável, que contribui para a redução da fauna e da flora, além de empobrecer o solo e escassear a água”, salienta Helen Petry, chefe da Secretaria de Gestão Socioambiental.

Para cada unidade de papel produzida, são consumidos 10 litros de água. Helen sublinha que é preciso levar em conta ainda o impacto ambiental da produção de tintas, cartuchos e equipamentos de impressão.

As árvores retêm CO2, fundamental para combater as crises climáticas. A evaporação da água das folhas e galhos cria um corredor de umidade para a regulação das chuvas. Além disso, elas purificam e resfriam o ar. Parte da poluição é absorvida pela superfície das árvores, enquanto as folhas atuam como filtros, absorvendo gases poluentes.

Neste sentido, a campanha “Seu papel é fundamental, faça uma boa impressão” aposta na conscientização, prevê medidas práticas e amplia o compromisso do Poder Judiciário de Santa Catarina com a sustentabilidade.

Da redação

Fonte: RCN

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