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A Celesc, em parceria com o Governo de Santa Catarina e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), anunciou nesta sexta-feira (11), em evento realizado na sede da companhia em Florianópolis, o início de um novo ciclo de investimentos para o setor energético catarinense. Trata-se do “Programa de Modernização Energética para Resiliência Climática e Sustentabilidade em Santa Catarina”.

Com um orçamento total de mais de US$ 305 milhões (equivalente a R$ 1,756 bilhão na cotação atual), o programa terá US$ 243 milhões financiados pelo BID e contará com uma contrapartida de US$ 62,6 milhões da Celesc. Internamente conhecido como BID 2, o projeto será implantado a partir de 2026 e terá duração de cinco anos.

A liberação do financiamento foi aprovada pela Comissão de Financiamento Externo (Cofiex), vinculada ao Ministério do Planejamento e Orçamento, no último dia 27 de março. A medida assegura recursos estratégicos para que a Celesc avance com seu Plano de Investimentos de R$ 4,5 bilhões, promovendo obras estruturais, inovação tecnológica e fortalecimento institucional.

Para o governador Jorginho Mello, o programa reforça o papel estratégico da empresa pública. “Além de garantir a continuidade dos investimentos até 2026, esse novo financiamento fortalece a Celesc como uma companhia eficiente e essencial para o desenvolvimento de Santa Catarina. O êxito do BID 1 nos mostra que estamos trilhando o caminho certo”, declarou, por meio de nota, já que não pôde comparecer ao evento.

O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, classificou a nova parceria como um marco para o setor elétrico estadual. Segundo ele, os recursos permitirão expandir a capacidade da rede, ampliar a resiliência diante de eventos climáticos extremos e reforçar o papel da empresa no crescimento econômico e social do estado.

Júlio César Pungan, diretor de Finanças e Relações com Investidores da Celesc, destacou a qualidade técnica do projeto apresentado. Segundo ele, a carta-consulta enviada ao BID foi amplamente elogiada pela Cofiex, refletindo o empenho das equipes envolvidas e a robustez da proposta.

Já o especialista regional líder em Energia do BID, Carlos Echevarría Barbero, ressaltou o alinhamento do programa com metas globais de sustentabilidade. Ele frisou que a parceria com a Celesc demonstra o potencial das instituições públicas em liderar transformações no setor energético, unindo inovação tecnológica e responsabilidade ambiental.

Resultados do BID 1 reforçam confiança no novo ciclo

Durante o evento, também foram apresentados os resultados do programa anterior, o BID 1, formalizado em outubro de 2018 sob o nome Celesc+Energia. Com investimentos superiores a US$ 377 milhões — dos quais US$ 276 milhões vieram do BID e US$ 101 milhões foram aportados pela Celesc —, a iniciativa promoveu avanços significativos na infraestrutura elétrica.

Entre os principais resultados, estão a construção de 16 novas subestações, ampliação de outras 39 e a instalação de cerca de 280 quilômetros de novas linhas de transmissão. O programa também investiu em equipamentos, materiais e sistemas de automação e TI, elevando a eficiência e a qualidade da distribuição de energia no estado.

Da redação

Fonte: Celesc

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