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Fim do La Niña: o que vem aí no clima de SC?

O fim do fenômeno La Niña marca o início de uma nova fase no clima de Santa Catarina. Especialistas apontam chuvas dentro da média, possibilidade de geadas e até veranico nas próximas semanas. (Foto: Mycchel Legnaghi)

Publicado em 15/04/2025

O fenômeno La Niña chegou oficialmente ao fim, conforme indicam as principais agências meteorológicas do mundo, como a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos). Após três meses de atuação, o cenário agora é de neutralidade no Oceano Pacífico.

Mesmo com curta duração, o episódio de 2024-2025 teve impacto perceptível nos regimes de precipitação, especialmente na América do Sul — região onde os efeitos desse fenômeno climático são mais marcantes.

La Niña é caracterizada pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial. No entanto, as temperaturas na área conhecida como Niño 3.4 retornaram à média, indicando o fim do fenômeno. Esse processo foi impulsionado pelo fortalecimento dos ventos alísios, que redistribuíram o calor e favoreceram a volta de uma condição neutra nos oceanos.

E agora, como fica o clima em SC?

Com a volta da neutralidade climática, o meteorologista Piter Scheuer afirma que Santa Catarina tende a viver um período mais equilibrado no que diz respeito ao tempo. “A neutralidade significa que o oceano não está nem aquecido nem resfriado, o que contribui para um padrão climático mais definido no Sul do Brasil e em SC”, explica.

Para o mês de abril, a tendência é de chuvas dentro da média. “Devemos ter uma primeira quinzena mais úmida e uma segunda metade do mês um pouco mais seca, mas sem ausência significativa de precipitação”, detalha Scheuer.

Quanto às temperaturas, o cenário esperado também segue a normalidade. “Manhãs com temperaturas mais baixas, tardes mais quentes. E, nas áreas mais elevadas, como a Serra e partes do Extremo Oeste, há possibilidade de geadas isoladas”, aponta.

O meteorologista também projeta que maio deve seguir uma lógica semelhante: início com mais chuvas, e final de mês com tempo mais seco. “Existe ainda a chance de registrarmos algum período de veranico em maio”, observa.

Já em junho, segundo Scheuer, as primeiras massas de ar polar com força suficiente para provocar geadas amplas devem atingir Santa Catarina, principalmente as regiões Oeste, Meio-Oeste e Serra. “Aos poucos, as características de outono vão dando lugar a um clima mais típico de inverno”, conclui o especialista.

 

 

 

Da redação

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