Educação mantém inflação alta na Capital, mostra índice da Udesc/Esag
Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis subiram 0,72% em fevereiro. O percentual foi o mesmo do mês anterior, mas caiu em relação a fevereiro do ano passado (quando alcançou 0,89%). Mais da metade da alta geral da inflação no último mês pode ser explicada pelos aumentos nas despesas com educação no início do ano letivo.
Neste primeiro bimestre do ano, o índice geral de inflação soma 1,45%. Já o acumulado nos últimos 12 meses caiu para 4,36%. Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Educação
Entre os grupos de preços pesquisados, a maior alta em fevereiro foi a dos produtos e serviços ligados à educação, que subiram em média 6,14%. Este grupo, sozinho, foi responsável por mais da metade da composição do índice de inflação do mês.
O início do ano letivo de 2023 trouxe alta de quase 9% nas mensalidades das escolas e universidades. Cursos não regulares subiram 2,7%. Entre esses cursos, destacam-se os pré-vestibulares, que reajustaram suas mensalidades em 6,9%.
Também houve alta nos preços do material escolar. Os artigos de papelaria tiveram um aumento médio de pouco mais de 4%.
Alimentação
A alta dos alimentos teve uma desaceleração em fevereiro, com elevação de 0,30% (contra 0,47% em janeiro). Desta vez, os aumentos ficaram concentrados na comida comprada em feiras e supermercados para consumo em casa (0,48%). Os preços das refeições em restaurantes e lanchonetes ficam praticamente estáveis (0,04%).
Previsão do tempo para o primeiro final de semana de março
Os alimentos que mais subiram foram as frutas (2,46%), com destaque para o abacaxi (10,6%), laranja paulista (8,4%), melancia (5,5%) e mamão (4,9%). Houve aumentos menores em itens como carnes (1%), pescados (0,9%) e leite e derivados (0,75%). O preço do pão integral subiu 4,4%.
Por outro lado, houve queda nos preços dos tubérculos, raízes e legumes (-6,53%). Ficaram mais baratos itens como o tomate (-9,6%), a batata inglesa (-7,5%) e a cebola de cabeça (-6%).
Transportes
Contrastando com a alta da gasolina verificada nos postos a partir de 1º de março, motivada pela retomada parcial da cobrança de impostos federais, ao longo de fevereiro os combustíveis ficaram na verdade mais baratos (-1,20%). A queda se deveu justamente ao preço da gasolina (-1,7%). Etanol e diesel ficaram estáveis.
Essa redução foi suficiente para que o grupo dos preços de produtos e serviços ligados aos transportes também tivesse redução em fevereiro (-0,29%).
Outros preços
Além de educação e alimentos, tiveram alta em fevereiro os artigos de residência (0,92%) e de vestuário (0.43%), as despesas pessoais (1,13%), preços relacionados a saúde e cuidados pessoais ( 0,57%) e os serviços de comunicação (2,53%). Ao lado dos transportes, houve redução nos preços ligados à habitação (-0,18%).
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 28 de fevereiro. O índice é publicado regularmente há mais de 50 anos.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas de junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Da redação
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