Dinheiro esquecido: Brasileiros têm R$ 8,53 bi não sacados
Até o final de setembro, mais de R$ 8,5 bilhões permaneciam não retirados por brasileiros no Sistema de Valores a Receber (SVR), segundo dados do Banco Central (BC) divulgados em novembro. Até agora, o sistema devolveu R$ 8,35 bilhões de um total disponibilizado de R$ 16,88 bilhões. Desde 16 de outubro, valores não retirados foram transferidos ao Tesouro Nacional, aguardando a publicação de um edital com novas regras para resgate; se não forem solicitados em até 25 anos, esses valores serão incorporados ao patrimônio da União.
O relatório do BC mostra que apenas 35,3% dos quase 70 milhões de correntistas listados desde 2022 fizeram o resgate, enquanto outros 45 milhões ainda têm valores esquecidos. Entre os que já retiraram, 92% são pessoas físicas e o restante são empresas. A maioria dos não-resgatados são valores pequenos, com 63,5% dos beneficiários tendo quantias até R$ 10 e apenas 1,8% com valores acima de R$ 1.000. As retiradas cresceram em setembro, totalizando R$ 395 milhões, impulsionadas pela recente legislação que destinou valores esquecidos para cobrir benefícios trabalhistas.
O sistema passou por melhorias que incluem consulta a valores de pessoas falecidas e a inclusão de novas fontes de recursos, como contas de pagamento encerradas e tarifas cobradas indevidamente. Agora, empresas encerradas e pessoas falecidas podem consultar e recuperar valores através de seus representantes legais, que utilizam a conta Gov.br para acessar o sistema e assinam um termo de responsabilidade para prosseguir com o resgate.
Com a reabertura do sistema em março de 2023, o BC implementou uma sala de espera virtual para facilitar consultas e removeu a necessidade de cronograma por data de nascimento. Usuários também podem compartilhar protocolos pelo WhatsApp e, em casos de contas conjuntas, o titular pode verificar informações de resgate efetuado pelo outro titular. Novas fontes de recursos esquecidos foram adicionadas, ampliando as opções de consulta para correntistas.
Para evitar fraudes, o BC alerta que o SVR é gratuito e que não envia links ou solicita dados pessoais para resgates. Em caso de contato, apenas a instituição financeira listada no sistema está autorizada a discutir o resgate com o cidadão. Além disso, correntistas devem evitar compartilhar senhas e não devem confiar em intermediários.
Da redação
Fonte: Agência Brasil
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