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Dia Nacional do Livro Infantil: hábito da leitura deve ser cultivado desde cedo

Foto: Reprodução

Publicado em 16/04/2021

Neste domingo, 18, será celebrado o Dia Nacional do Livro Infantil, uma data para relembrar sobre a importância da leitura para o desenvolvimento das crianças. Entre os vários benefícios do hábito, está a conexão estabelecida com o mundo e com si mesmo. "É a partir dessa conexão que se estabelecem muitos outros benefícios, como competências cognitivas, afetivas, emocionais, desenvolvimento da linguagem, criatividade, alfabetização, ampliação do vocabulário, oportunidade de reflexão e muito mais", afirma a diretora educacional do Colégio Marista, Marcia Maria Rosa.

A gerente editorial da FTD Educação, Isabel Lopes Coelho, partilha da mesma opinião: "Ler um livro é abrir uma janela que conecta, ao menos, dois universos. O primeiro deles é um olhar profundo para dentro de nós, uma imersão nos nossos sentimentos, nas nossas paixões e crenças. O outro, provoca o sentimento inverso: olhar para fora, desta vez, observando o mundo com mais sensibilidade”.

Qual a melhor idade para começar?

Não existe idade certa para que a leitura passe a ser incentivada, mas quanto antes, maior será a conexão da criança com a leitura, explica a diretora educacional Marcia Maria Rosa. “A leitura é a experiência de passear por uma obra literária, de passear pelas letras, por imagens ou apenas cenários”.

Segundo ela, antes mesmo de aprender a ler, os pais podem estimular os filhos por meio de contação de histórias, que podem ou não ter um livro como base. A diretora comenta que todos os envolvidos são beneficiados no processo: “as histórias têm o poder de envolver as crianças e o contador ou leitor em uma experiência única, em um tempo de qualidade, que gera laços e memórias afetivas, além de melhorar o foco e a capacidade de concentração desde cedo”.

Responsabilidade compartilhada

A família e a escola são os principais agentes de incentivo à leitura. Em casa, os pais podem desenvolver o gosto por histórias por meio de leituras na hora de dormir, pelo exemplo de ler por lazer e criar um ambiente de leitura em casa. Enquanto na escola, as atividades e projetos trabalhados em sala desenvolvem o leitor, com cada vez mais ferramentas para compreender o mundo e a si mesmo por meio de diferentes conteúdos.

A gerente editorial Isabel Lopes Coelho defende que a leitura por crianças, desde pequenas, é um ato muito importante para a formação de indivíduos mais conscientes de si mesmos e cidadãos mais sensíveis ao próximo. “São habilidades necessárias em um mundo cuja convivência social é cada vez mais restrita e mediada pela tecnologia, à distância”, pondera.

Tecnologia ajuda ou atrapalha?

Apesar de aparelhos eletrônicos não serem indicados para os pequenos, a pandemia mostrou que as telas podem ser usadas para lazer e aprendizado de maneira equilibrada. Na opinião de Marcia Maria Rosa, a tecnologia complementa a experiência da leitura e pode ser usada para despertar ainda mais o interesse de crianças e jovens. “Aproveitar vídeos, jogos e toda a possibilidade multimídia da tecnologia é algo que complementa a experiência do livro. É muito comum séries de filmes atraírem leitores para as obras originais, por exemplo, e vice versa”, relata.

De acordo com ela, essa ampliação da experiência, desde que feita com equilíbrio, é benéfica e estimula ainda mais o hábito da leitura. Mas, o que o mundo digital ainda não conseguiu, foi substituir a emoção de acompanhar uma boa história a cada folhear de página, e a vivência única que só um leitor tem com seu próprio livro. Isabel conclui: “saber dosar quando devemos desligar da tela e aproveitar a leitura com outros sentidos: além do visual, tato e olfato (e até paladar, para as crianças pequenas) durante o manuseio dos livros são igualmente importantes no desenvolvimento da sensibilidade".

Da redação

 

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