De 44 para 36 horas: Como a PEC pode transformar o mercado de trabalho

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais avançou no Senado, com um novo capítulo sendo discutido em uma audiência pública realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na última terça-feira (8). A PEC 148/2015, proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), foi debatida com o apoio do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que solicitou o evento.
Caso seja aprovada, a proposta modifica a Constituição Federal, estabelecendo uma redução gradual na carga horária de trabalho. O primeiro ano após a aprovação manteria uma jornada de 40 horas semanais, com a redução de uma hora a cada ano subsequente até atingir as 36 horas semanais. Até que essa transição seja concluída, o limite de 44 horas por semana permanece válido.
O autor da proposta, senador Paulo Paim, ressaltou que a diminuição da jornada traria benefícios significativos, como uma melhor qualidade de vida, mais tempo para atividades de lazer, estudo, convivência social e familiar, além da redução de estresse e uma melhoria geral na saúde mental. Ele também mencionou que a medida pode gerar mais empregos e aumentar a renda da população.
Embora a PEC seja vista como uma vantagem para os trabalhadores, Paim destacou que os empresários também serão impactados, pois terão que reorganizar suas operações, o que pode exigir mais contratações e aumentar os custos operacionais. O senador citou uma estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que prevê a criação de cerca de 3 milhões de novos postos de trabalho apenas com a redução para 40 horas semanais. Ele ainda enfatizou os possíveis benefícios ambientais e sociais que a medida pode trazer.
O próximo passo da PEC é a análise de mérito por uma comissão especial, caso seja admitida na CCJ. Se aprovada, será votada em dois turnos no Senado e, em seguida, seguirá para a Câmara dos Deputados, onde passará por uma nova votação. Se não houver alterações, a proposta será promulgada em sessão do Congresso Nacional.
Da redação
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI
