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Crianças autônomas: 5 dicas para facilitar o estímulo

Uma das principais funções da autonomia é permitir que as pessoas sejam personagens de ação (Foto: Reprodução/Internet) **Clique para ampliar

Publicado em 26/09/2022

Levar os pequenos para o centro do processo de ensino e aprendizagem, seja na escola ou em casa, é uma das tendências mundiais da formação de cidadãos mais críticos e conscientes. Essa tarefa, no entanto, nem sempre passa apenas pelos manuais educacionais. Também é preciso exercitar a autonomia dos filhos durante as atividades mais corriqueiras do dia a dia.

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As competências socioemocionais e o protagonismo da criança fazem parte, por exemplo, da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que norteia toda a construção da Educação brasileira. Uma dessas competências é, justamente, a autonomia. O que não significa que os pais e educadores devem simplesmente “soltar as mãos” dos pequenos de uma vez.


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Para a consultora pedagógica Ana Paula Silveira, “às vezes, confundimos ser autônomo com fazer algo completamente sozinhos. Isso é um erro. Autonomia não é fazer sozinho, mas fazer com consciência e senso crítico, compreendendo o que está sendo feito e por quê”. Ana Paula e a pedagoga Juliana Aparecida da Silva Alves apontam cinco formas de estimular a verdadeira autonomia nas crianças.

Incentive as interações

Uma das principais funções da autonomia é permitir que as pessoas sejam personagens de ação. Ou seja, não basta existir no mundo e seguir as regras, é preciso que os indivíduos tentem dialogar com a realidade e modificar os cenários que os cercam. “É por meio dessas interações que a criança desenvolve relações de repertório de campo simbólico”, detalha Juliana.

Provoque a curiosidade

Embora a sociedade contemporânea esteja muito baseada no imediatismo - saiba agora, curta já, leia rápido -, é fundamental desenvolver, nas crianças, uma curiosidade que vá além do óbvio. 


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Permita que as crianças escolham e que participem das escolhas que as afetam

Na idade em que está na Educação Infantil - até cinco anos de idade - um dos direitos que a criança tem é o de participar, como lembra Juliana. Esse direito não diz respeito apenas à participação ativa, como realizar uma atividade ou brincadeira, mas também deve se estender à participação nas escolhas que lhe dizem respeito. “Por exemplo, se eu, como adulto, planejei uma atividade na área externa e choveu, que tal colocar esse desafio para a criança e pedir a opinião dela sobre o que fazer?”, sugere. Naturalmente, essa escolha deve ficar restrita a pequenas decisões e não se aplica às grandes questões a respeito da vida da criança.

Faça perguntas

Uma das maneiras de trabalhar a autonomia é encorajar a oralidade infantil. Então, quando a criança apontar um objeto, em vez de entregá-lo a ela imediatamente, incentive-a a falar o nome do objeto. “Se a criança escolhe uma cor de lápis, por exemplo, você pode perguntar por que ela gosta daquela cor e tentar entender o que aquela escolha significa para ela. Falar sobre esses valores e representações pode ser um caminho para que elas pensem sobre as coisas e não apenas as reproduzam”, ensina Juliana.

Respeite o tempo da criança

Ana Paula lembra que, mesmo que o cotidiano seja corrido, é muito importante respeitar o tempo da criança e não impor a ela o tempo dos adultos. “Muitas vezes, fazemos uma pergunta e não temos paciência para esperar a resposta. O tempo deles é diferente do nosso e não devemos apressá-los”, finaliza.

Da redação

 

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