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Crescimento do PIB dá um passinho

Estimativa considera impacto do câmbio, clima e tarifas de energia elétrica. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Publicado em 18/11/2024

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento da economia brasileira para 2024, elevando-a de 3,2% para 3,3%, conforme divulgado no Boletim Macrofiscal. A previsão para a inflação, medida pelo IPCA, também foi ajustada, passando de 4,25% para 4,40%. A revisão no Produto Interno Bruto (PIB) reflete a leve melhora no desempenho esperado para o terceiro trimestre, com crescimento projetado de 0,7%, impulsionado por ajustes no setor agropecuário e de serviços, embora se preveja desaceleração no ritmo de expansão no restante do ano.

A SPE destacou que a alta de 1,4% no PIB do segundo trimestre, divulgada pelo IBGE, trouxe impacto positivo para as projeções anuais, resultando em um "carregamento estatístico" de 2,5%. Para 2025, a estimativa de crescimento foi mantida em 2,5%, com o menor ritmo atribuído à expectativa de alta na taxa Selic. No entanto, as projeções para a safra de grãos e a produção extrativa no próximo ano melhoraram, amenizando o impacto da política monetária contracionista.

Por setor, a indústria deve crescer 3,5% em 2024, impulsionada pelo desempenho das indústrias de transformação e construção, beneficiadas por políticas como o novo PAC e a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida. A agropecuária, embora ainda com previsão de retração, teve uma leve melhora, enquanto os serviços avançaram de 3,3% para 3,4%, sustentados pelo mercado de trabalho aquecido e melhores condições de crédito, apesar da expectativa de desaceleração no ritmo de crescimento.

A inflação pelo IPCA deve atingir 4,4% em 2024, próxima ao teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (4,5%). O aumento foi atribuído à aceleração dos preços de alimentos, influenciados pelo câmbio e clima. Contudo, espera-se desaceleração até o fim do ano, com mudanças nas bandeiras tarifárias de energia elétrica. Para 2025, a inflação deve alcançar 3,6%, considerando impactos da depreciação cambial e alta nas proteínas animais.

Os números do Boletim Macrofiscal serão usados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, previsto para o dia 22, que define o cumprimento de metas fiscais e pode influenciar o bloqueio ou liberação de gastos não obrigatórios do governo. A SPE também ajustou as previsões para o INPC e IGP-DI, que fecharão 2024 com variações de 4,4% e 6,4%, respectivamente.

 

 

Da redação

Fonte: Agência Brasil

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