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Atleta transplantado desafia o Ironman Brasil

Em meio a um dos melhores sistemas de transplante de órgãos do país, Thiago Regis superou a insuficiência renal e agora encara o Ironman Brasil. (Foto: MFX/SECOM)

Publicado em 30/05/2025

Santa Catarina, um dos principais estados do Brasil em doação e transplante de órgãos, marcará história no próximo domingo, 1º de junho. Thiago Regis, de 45 anos, será o primeiro atleta com transplante renal a participar do Ironman Brasil, em Florianópolis. O estado, referência nacional e internacional na área, apresenta um sistema de transplantes bem estruturado e com números expressivos.

“É realmente emocionante estar vivo e pronto para enfrentar o Ironman. Eu acredito que vou terminar a prova. Desde o momento em que comecei no triathlon, há seis anos, já me preparava para essa competição. Mesmo após o diagnóstico, nunca deixei de praticar esportes. Durante o tempo em que precisei de diálise, continuei me exercitando dentro das minhas possibilidades, e isso foi essencial para a minha recuperação”, relata Thiago.

A descoberta da nefropatia grave veio em 2014, durante exames de rotina. Por alguns anos, Thiago conseguiu manter a doença sob controle com hábitos saudáveis. No entanto, a progressão da insuficiência renal crônica o levou à diálise em 2022. Foram nove meses na fila até que finalmente recebeu a notícia do transplante e seguiu para o Hospital Santa Isabel, em Blumenau, onde recebeu o novo rim em 31 de julho de 2023.

“No momento mais difícil para uma família, que é a perda de um ente querido, eles tiveram a grandeza de doar os órgãos dessa pessoa. Essa doação não apenas salvou a minha vida, mas certamente ajudou outras pessoas também. Por isso, sinto todos os dias a responsabilidade de cuidar desse rim”, afirma Thiago.

Estado em destaque nacional

Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Santa Catarina apresentou em 2024 uma taxa de doação de 39,3 por milhão de habitantes (pmp), superando a média nacional, que foi de 19,2 pmp. O índice de negativa familiar no estado também é um dos menores do país, com 32%, enquanto a média nacional se mantém em 46%.

A SC Transplantes, central estadual de transplantes vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou em 2024 um total de 753 notificações de potenciais doadores. Desses, 317 se tornaram doadores efetivos, o que representa uma taxa de 42,10 pmp em casos de morte encefálica.

“O SC Transplantes é uma política consolidada há mais de 20 anos em Santa Catarina, destacando o estado no cenário nacional e internacional. A capacitação constante dos profissionais de saúde envolvidos e o suporte do Governo do Estado, que oferece estrutura de transporte terrestre e aéreo, são fundamentais para garantir a agilidade e a segurança no processo, atendendo tanto a população catarinense quanto de outros estados”, explica Joel de Andrade, coordenador da SC Transplantes.

Como se tornar doador

Qualquer pessoa pode se tornar doadora de órgãos e tecidos. Não é necessário documento formal, apenas a comunicação clara à família sobre esse desejo. A autorização da família é indispensável para que sejam iniciados o planejamento logístico, a retirada dos órgãos e a identificação dos receptores compatíveis para o transplante.

“Se mais pessoas informarem suas famílias sobre a vontade de doar, mais vidas podem ser salvas. Todos nós, um dia, vamos partir. Por que não deixar algo que pode dar uma nova chance a alguém?”, reflete Thiago Regis.

 

 

 

Da redação

Fonte: Secom

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