Bombeiros de SC concluem operação Pantanal
Com 40 bombeiros militares encaminhados para auxiliar no combate aos incêndios florestais na região Centro-Oeste do país, a pedido do governo do Estado, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) finalizou a Operação Pantanal 2024. A segunda equipe, que permaneceu no estado do Mato Grosso, retornou a Santa Catarina nesta quarta-feira, dia 23.
Os bombeiros catarinenses, especializados no combate a incêndios florestais, foram deslocados primeiramente para o Mato Grosso do Sul e, posteriormente, para o Mato Grosso. A medida reforça o compromisso do Estado em atuar de forma solidária com as regiões afetadas por desastres naturais. No total, as missões duraram mais de 45 dias, com 14 viaturas empenhadas, além de equipamentos como motobombas com reservatórios de água, abafadores, sopradores, rádios de comunicação, retardantes químicos, kits pickups e drones.
Como resultado, foram combatidos incêndios em mais de 140 mil hectares, além do resgate de 16 pessoas, monitoramento de 145 áreas de risco e palestras de prevenção em escolas da região. O major Marcelo Della Giustina da Silva, subcoordenador técnico das missões, reforça a importância do trabalho realizado: “Para nós, de Santa Catarina, é muito interessante essa participação, essa ajuda mútua. Além do apoio que foi dado aos estados, ela proporciona uma capacitação e treinamento aos nossos bombeiros, trazendo uma experiência muito rica para o nosso efetivo”, afirma.
A primeira equipe foi encaminhada ao Pantanal sul-mato-grossense por meio de uma tratativa direta entre os governadores. A segunda equipe foi enviada pela Força Nacional, que neste momento não solicitou o empenho de mais bombeiros catarinenses. “Neste momento, não há a perspectiva de encaminharmos novas equipes. No entanto, se for necessário e com o aval do governo do Estado, estaremos prontos para um novo acionamento”, complementa o major.
Missão Mato Grosso do Sul
A primeira equipe deslocada para apoiar o combate às chamas foi enviada ao Mato Grosso do Sul no dia 28 de agosto, por determinação do governador Jorginho Mello em atendimento a um pedido do governo do MS. A atuação dos 20 combatentes ocorreu em três áreas do Pantanal sul-mato-grossense. Inicialmente, o combate foi em Aquidauana, onde os bombeiros permaneceram por sete dias enfrentando focos de incêndio.
Após o controle das frentes de fogo na região, a equipe foi dividida em dois grupos, cada um composto por 10 bombeiros e três veículos 4×4. Um grupo se deslocou para o município de Miranda, na área do Corredor de Biodiversidade do Rio Salobra, que percorre o sul do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. O outro grupo foi para Naviraí, no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, onde continuaram atuando até o retorno a Santa Catarina, em 13 de setembro.
Para o sargento Burigo, as técnicas que são desenvolvidos no curso de combate à incêndios florestais em Santa Catarina permitiram uma atuação eficaz no terreno. “Mesmo sendo um bioma diferente, a gente utilizou as técnicas que aprendemos aqui no curso. Utilizamos de forma eficaz o fogo contra fogo. E o Pantanal, quando pensamos em Pantanal, nos lembramos de lagos, lagoas, lembramos de bastante de água e o dia que chegamos lá não tinha água nenhuma, então era um período muito seco”, explica.
A Operação Pantanal 2024 resultou na preservação de mais de 140 mil hectares.
Missão Mato Grosso
A segunda equipe, com 20 bombeiros militares, foi enviada ao Mato Grosso no dia 23 de setembro. Devido às condições do terreno e à diversidade de biomas que compõem o estado, foi necessário o envio de um número maior de equipamentos, incluindo oito viaturas 4×4 e kits pickup (estruturas que permitem armazenar água nas viaturas em regiões onde não há abastecimento).
Os bombeiros catarinenses foram divididos em seis equipes de Força-Tarefa (FT) e atuaram em 11 regiões:
Salto do Céu, Chapada dos Guimarães, Lago do Manso, Região da Cachoeira Salgadeira, Rosário Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Cáceres, Nova Mutum, Alto Paraguai, Poconé e Descalvado.
Além do combate aos incêndios, a equipe também participou do resgate de 16 pessoas que estavam perdidas em uma área de mata fechada no município de Salto do Céu. O cabo Melo enfatizou os desafios nos deslocamentos nas áreas de atuação. “Tivemos dias onde percorremos cerca de 200 km até chegar em uma base. Chegando nessa base, ainda tínhamos que deslocar cerca de 60, 70 km para dentro da mata. Para monitorar e ver qual técnica aplicar, utilizamos os drones, para ver a real necessidade de fazermos os aceiros e um contra-fogo. O bioma lá é diferente do nosso. Pegamos parte Amazônico, Cerrado e Pantanal. Ficamos em locais lá onde haviam 2,3 km de focos de incêndio”, finalizou.
Da redação
Fonte: Secom
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