Artesanato é destaque na 17ª Fenaostra
A gastronomia e os espetáculos artísticos não são os únicos a abrilhantar a 17ª Festa Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana (Fenaostra). No pavilhão B do evento, logo após as bancas dos restaurantes da festa, os visitantes encontram diversas barraquinhas com os mais variados objetos de decoração, utilitários, acessórios e peças de vestuário. Neste espaço é possível ter contato com artesãos dos costumes característicos dos cantos mais interioranos da ilha, como a rendeira, o cesteiro e o tecelão.
As peças em renda confeccionadas e comercializadas no Armazém da Renda, no Mercado Público da Capital, são alguns dos produtos enraizados na cultura ilhoa presentes na festa. Maria de Andrade, 72 anos, do Ribeirão da Ilha, é uma das rendeiras que participou da Fenaostra na segunda-feira, 10.
Junto dela, outras senhoras do Pântano do Sul, Lagoa da Conceição, se revezam durante o evento para produzir e expor os seus trabalhos. “Eu trabalho no espaço do mercado. Aprendi o ofício aos sete anos, com minha mãe e para confeccionar as peças a gente compra a renda e usa xerox para trabalhar em cima dos desenhos e formar as peças”, disse dona Maria.
O seu Célio de Campos é outra figura ilhéu que tem gosto em apresentar seu ofício na festa. Ele trabalha com tecelagem há 12 anos e participa pela décima vez da Fenaostra, ao lado de sua esposa.
“É muito poder expor meu trabalho na festa. Aqui tenho uma outra experiência, com um bom retorno porque as pessoas assistem a gente trabalhar. Tem muitas pessoas que acham que não é a gente que faz os tapetes e aqui a gente demonstra o que faz no dia-a-dia”, destacou ele sobre a percepção das pessoas com relação a sua atividade naquele espaço.
As atividades tradicionais não são realizadas apenas pelos mais velhos, Juliano Ramos Meleiro, músico e artesão cesteiro, é um dos jovens que atua na área. “A atividade é um revivo da cultura que se perdeu com o tempo. Antigamente o pessoal fazia muito balaio pra roça, pesca, para a lida no engenho de farinha, e isso se perdeu. Então isso é um resgate da cultura da ilha, e eu vejo que geralmente quem segue ainda é o pessoal antigo e eu comecei a tomar gosto por isso. Já faz alguns anos que estou nesta luta”.
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No espaço Folclore as pessoas podem adquirir peças que representam os personagens do boi-de-mamão, ou ainda, participar de oficinas para aprender a confeccionar os bonecos de argila, o custo da oficina é R$ 10,00.
Outros produtos que podem ser adquiridos são canecas, camisetas, jogos de americano, roupas para bebês, imãs de geladeira, quadros decorativos com temas da cultura manezinha e do dialeto ilhéu. As bancas que vendem produtos neste sentido são as do Dezarranjo Ilhéu e a Coisas de Flonópx.
Acessórios de cabelo como tiaras, arcos, laços de fita, roupas femininas com aplicações em renda, acessórios feitos com couro, palha de buriti, pedras e sementes são produtos presentes no pavilhão B. Tem, também, peças em MDF para decoração de casa e utilitários, pintadas à mão e/ou com aplicações de tecidos ou pedras.
Arte em biscuit, feltro, reutilização de discos de vinil, peças em patchwork, crochê, móveis rústicos de madeira ou de demolição, objetos de porcelana, louças com pintura de renda, artesanato com conchas, bijuterias, bordados infantis, jogos educativos de madeira, roupas para pets, bolsas, luminárias, artigos árabes, incensos são opções para presentear ou decorar ambientes.
“A Fenaostra é uma vitrine, porque vêm pessoas para conhecer o nosso artesanato, que são bastante interessadas e que culturalmente apreciam a arte, e isso é ótimo”, destacou Sandra Vogel que expõe há nove anos na festa suas peças como quadros com cenários da cidade, representações da cultura da Capital, animais e natureza morta.
Programação
11 de Outubro
18:15 Dona Maricotinha
19:00 Luca Niz
20:30 Jonatas Junior
22:00 Charles e Ricardo
12 de Outubro
10:00 Doki
11:00 Peppa Pig
12:30 Boi de Mamão
13:30 Minions
14:30 Peppa Pig
15:30 Doki
16:30 Show de Palhaços
17:30 Minions
18:15 Banda Mangue Urbano
19:00 Banda Xaréu
19:45 RPZ
21:00 Banda Invicta
Da Redação