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Reeducandos do sistema prisional participam de limpeza pública em Florianópolis
Modelo inovador e combinado soma esforços dos trabalhadores da Comcap, reeducandos e zeladores ambientais para melhorar bairros

Os reeducandos são da Colônia Penal Agrícola de Palhoça e estão em fase avançada de reintegração à sociedade (Foto: PMF/ Divulgação) **Clique para ampliar

Publicado em 19/07/2023

A limpeza das praias e a revitalização das praças da região continental de Florianópolis receberam um modelo combo de limpeza, quando 15 reeducandos do sistema prisional se uniram a 60 empregados da Comcap para realizarem os trabalhos. O projeto é da Secretaria do Continente. Os reeducandos são da Colônia Penal Agrícola de Palhoça e estão em fase avançada de reintegração à sociedade. 

Anderson Silva, empregado da Comcap há 12 anos, foi encarregado para coordenar a atividade. “A turma dá muita atenção ao trabalho e respeito ao usuário, ao morador. Temos desde jovens de 19 anos e que nunca trabalharam, a senhores de mais de 50 que já trabalharam com tudo. Eles mesmo se organizam para dar conta das tarefas, têm muita energia, o projeto está bem legal”, elogia o encarregado. 

Assista ao vídeo clicando AQUI.

Também está em operação nos bairros continentais a zeladoria AMA (agentes do meio ambiente) com 82 áreas atendidas e previsão da cobertura chegar a todo o território. 

Trabalho compensador: reduz a pena e ajuda sociedade

Para o reeducando Fábio Viana da Silveira, o Catarina, essa é uma oportunidade para sair da unidade prisional e mostrar a mudança de atitude no dia a dia, e também de alcançar a remissão da pena, já que três dias trabalhados reduzem a pena em um dia.  “Além de remir a pena, podemos contribuir com a limpeza das praias, praças e parques. É um trabalho compensador, dá chance de mostrar nossa mudança de conduta. Graças a Deus o projeto está dando certo”, afirma Catarina. 

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O projeto piloto com os reeducandos durou oito meses, sob coordenação de Luciano “Tuti” Vieira, foi suspenso e agora voltou com o dobro de pessoas ocupadas na limpeza e revitalização de espaços públicos do continente. “Só não fazemos roçagem ainda”, indica Anderson Silva. 

Convênio também para Ilha

Também no Cemitério São Francisco de Assis, no Itacorubi, a força de trabalho de pessoas em penas alternativas tem colaborado. A preparação para o feriado de finados ano passado, por exemplo, chegou a contar com 90 reeducandos.

Com base no projeto bem sucedido no Continente, a Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana também estabeleceu convênio com a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa. De acordo com a secretária interina, Íris Farias, deverão ser 21 reeducandos que trabalharão em áreas públicas também na Ilha de Santa Catarina.

A Prefeitura de Florianópolis ainda negocia os termos finais do novo convênio para garantir a segurança e a logística do trabalho. Os reeducandos que participarão do programa estão em regime semiaberto e são selecionados e autorizados pelo Poder Judiciário. São pessoas em fase avançada de ressocialização.

Da redação

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