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O gênio da orquestra
Aos 15 anos, Pedro Magno foi aplaudido de pé em concerto da Camerata Florianópolis

Pedro Magno e seu professor de música, o pianista e compositor Alberto Heller (Fotos: Arquivo pessoal) **Clique para ampliar

Publicado em 18/07/2023

Ele tem apenas 15 anos, está cursando o ensino médio, mas chama a atenção por ocupar uma posição que não é comum para um adolescente de sua idade. Nosso Personagem da Semana é apaixonado pela música clássica e, recentemente, teve uma participação especial nos concertos de uma das maiores referências da área em Santa Catarina. Pedro Magno foi arranjador da Camerata Florianópolis.

A influência musical surgiu na infância. Seu pai, Flávio Magno, também é músico e sempre o incentivou a se aperfeiçoar na área, desde quando mostrou interesse pelas notas musicais e os acordes. “Eu sempre me envolvi com a música. Meu pai tem muitos instrumentos em casa e eu sempre brinquei com eles”. O amor que passou de pai pra filho tem ainda outro motivo: a avó paterna foi bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e uma apaixonada por ópera e balé clássico. “Ela e o meu avô compraram o meu primeiro piano, que era um teclado”, lembra Pedro, com carinho.

Ele conta que, ao longo dos anos, a música erudita sempre teve sua preferência. Porém, atualmente outros gêneros musicais compõem sua trilha sonora particular.


Durante a pandemia, Pedro dedicou-se à teoria musical, quando começou a fazer os primeiros arranjos

Aos 10 anos, quando ainda morava em Niterói (RJ), sua cidade-natal, começou a participar das aulas de piano. Aos 12, mudou-se para Florianópolis com a família, bem em meio à pandemia. Foi quando começou a se envolver com a parte teórica da música, “fazendo arranjos por diversão”, lembra.

Pedro conta que prestava um serviço de utilidade à comunidade mundial da música erudita. “Eu transcrevia músicas que não estavam disponíveis no site do Musescore”, conta. O MuseScore é um programa de computador de edição de partituras. Além disso, ele arranjava (transformava) as suas transcrições para outros agrupamentos de instrumentos. “Fiz isso com dezenas de músicas dos meus compositores favoritos, como Dvořák, Mozart, Wieniawski e muitos outros”.

Uma nova fase

Quando iniciou as aulas de música com Alberto Heller, que é pianista e compositor da Camerata, Pedro teve uma surpresa após apresentar a ele alguns dos seus arranjos. “Quando o meu professor viu os arranjos, percebeu que eu tinha potencial para ser mais do que apenas um instrumentista, mas, sim, um arranjador, maestro e compositor”, conta.


Os instrumentos sempre estiveram presentes em casa, pois o pai de Pedro, Flávio Magno, também é músico e é um dos grandes incentivadores do filho

 

A partir disso, Alberto Heller falou com o maestro Jefferson de La Rocca, que está à frente da Camerata Florianópolis, sobre o talento de Pedro. O maestro pediu então que o aluno promissor fizesse alguns arranjos. A resposta foi rápida e positiva. Os arranjos de Pedro foram utilizados em quatro concertos da Camerata, nas últimas apresentações no interior do Estado e no Concerto de Clássicos Populares que aconteceu em junho no Centro Integrado de Cultura (CIC), quando Pedro fez o arranjo de 9 das 16 músicas apresentadas e foi aplaudido pela plateia em pé.

Desafios ao fazer um arranjo

Pedro Magno conta que só existe um desafio ao fazer um arranjo, que é se manter fiel à música original. “Arranjar é pegar uma música com certos instrumentos já estabelecidos e mudá-los, é como pegar uma música para orquestra e fazê-la ser tocada só em um piano. No concerto do CIC, a Camerata tocou várias músicas famosas e populares que eram compostas para orquestras com muito mais instrumentos do que ela possui, que são só instrumentos de cordas. O meu objetivo arranjando é pegar as músicas para orquestras grandes e reduzir de forma com que a música não perca a sua essência original, explica.

Planos para o futuro

Esse foi o primeiro trabalho profissional de Pedro. Ele conta que pretende fazer mais parcerias assim e que, quando finalizar os estudos aqui no Brasil, pretende se mudar para a Europa para se profissionalizar em composição e regência. “Meu objetivo é me tornar um maestro”, antecipa.

Texto escrito por Gabriela Morateli dos Santos

 


Assista agora ao VÍDEO e conheça a genialidade do Pedro durante o ensaio da Camerata Florianópolis, no mês passado, antes da apresentação em que foi ovacionado no CIC.
 

 

 

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