Vamos falar sobre saúde mental?
Setembro Amarelo passou, mas a conversa sobre saúde mental continua
O “Setembro Amarelo”, voltado à prevenção do suicídio, acabou, mas a saúde mental continua em pauta. De acordo com o último Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2022, quase um bilhão de pessoas – entre as quais 14% dos adolescentes do mundo - apresentavam algum transtorno psíquico em 2019.
A saúde mental está relacionada também com a expectativa de vida dos indivíduos. Pessoas com comprometimentos psíquicos graves morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, por doenças físicas evitáveis.
O Relatório traz um plano para governos, estudiosos, profissionais da saúde e sociedade civil com o propósito de dar suporte ao mundo para a efetiva transformação da saúde mental. Essa é, hoje, uma questão primordial sob todos os aspectos.
Sou psicóloga e psicoterapeuta há 20 anos. Numa conversa recente com a equipe do Imagem da Ilha, achamos interessante trazer ao portal um pouco da psicologia e de assuntos relativos à psicoterapia, contribuindo para ampliar a discussão sobre esses temas.
Não é preciso argumentar, exaustivamente, por quê. Todos nós sentimos muito de perto essa realidade. Ansiedade, burnout, depressão, insônia, ausência de um sentido existencial, compulsões, entre outros sintomas, são fenômenos que estão a toda hora ao nosso redor. Talvez por isso mesmo as psicoterapias têm sido reconhecidas, cada vez mais, como uma necessidade e um importante meio de autoconhecimento e de desenvolvimento pessoal. Assim, também ganham maior visibilidade as atividades físicas, a alimentação consciente e a construção de uma vida saudável como um todo, coadjuvantes importantes na busca do bem-estar.
A psicologia tem várias abordagens e é importante dizer que eu vou falar, aqui, a partir da Gestalt Terapia, perspectiva na qual me especializei como psicóloga clínica, com a qual tenho grande identificação e de onde busco enxergar o ser humano em sua complexidade.
Quero compartilhar com vocês as bases desse modelo de compreensão, o qual considera sempre o contexto e suas relações, bem como o ser humano como um todo aberto, em constante transformação e em contínua interdependência com o meio. O enfrentamento dessa, entre tantas crises contemporâneas, passa também pela busca de cada um.
Setembro acabou, mas a primavera está apenas começando. Este é um convite para refletirmos um pouco mais sobre essas questões; para abordarmos, do ponto de vista da psicologia, quais as dificuldades internas mais comuns que adiam a nossa ida ao psicólogo.
Nas próximas colunas temos um encontro marcado para pensarmos sobre psicologia, psicoterapia, a integralidade “corpo-mente”, os problemas psíquicos vinculados à contemporaneidade e muito mais. Minha expectativa é que este novo espaço nos proporcione boas trocas, reflexões e muitos questionamentos.
Texto por Denise Evangelista Vieira
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Sobre o autor
Denise Evangelista Vieira
Psicóloga formada pela UFSC e em Artes Cênicas pela Udesc. Escreve sobre o universo humano. Quem somos e em quem podemos nos tornar? CRP 12/05019.
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