Pais devem investir na rotina saudável de seus filhos
Felicidade, ansiedade, satisfação e preocupação são alguns dos principais sentimentos das gestantes durante o período de espera do novo integrante da família. Essa fase de mudanças pode gerar inúmeros questionamentos, principalmente, sobre os cuidados necessários com o bebê. Por isso, a importância do amparo de profissionais especializados para esclarecer todas as dúvidas e para orientar a maneira mais eficaz de realizar a integração do recém-nascido com sua família.
Mas, a partir de quando é recomendado iniciar o acompanhamento médico do bebê? De acordo com a médica pediatra especialista em Neonatologia, Dra. Camila Luiza Biazi Sales, é ideal que a gestante agende consulta com pediatra a partir da 32ª semana de idade gestacional. “Neste período temos uma ideia de como foi o pré-natal e de suas intercorrências, assim podemos planejar melhor o nascimento e os cuidados necessários”, explica.
Na consulta pediátrica pré-natal são transmitidas orientações dos procedimentos durante o nascimento, os cuidados necessários nos primeiros dias de vida, a importância dos primeiros testes realizados no bebê (visão, audição e cardíaco) e a contribuição do aleitamento materno para seu desenvolvimento. Também são esclarecidas dúvidas e caso a gestante tenha tido complicações orientado sobre riscos de prematuridade, de internação ou de cuidados extras.
“O mais importante é preparar a mãe, por isso explicamos como funciona a amamentação, que o leite descerá até o terceiro dia pós-parto, que é normal ter pouco colostro no início, que os bebês sugam muito para se prepararem, que o intervalo das mamadas pode ser de hora em hora ou de no máximo de três em três horas. Também abordamos as vacinas que serão aplicadas e como são feitos os testes de olho, orelha e coração”, comenta Dra. Camila.
O pediatra que acompanhou no pré-natal estará presente no momento do parto. De acordo com a médica, um em cada dez recém-nascidos precisa de algum auxílio para começar a respirar, seja aspirando secreção, estímulo ou ventilação positiva. “O primeiro minuto, denominado de golden minute, é crucial para a vida do recém-nascido porque ao iniciar a reanimação prontamente minimiza-se o risco de sequelas”, argumenta.
O primeiro banho do bebê é realizado após 24 horas do parto, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), para evitar as quedas de açúcar no sangue, manter estável a temperatura corporal e facilitar a amamentação. “Os protocolos mudaram e agora as enfermeiras levam a banheira até o quarto e ensinam os pais a darem banho, a trocarem a fralda e a higienizarem o umbigo. Tudo para eles estarem cientes de como funcionará essa interação e sobre todos os cuidados que terão”, ressalta a médica.
Segundo Dra. Camila, a atuação do pediatra nos primeiros meses de vida do bebê representa uma grande amizade. “Normalmente, recomendamos uma consulta entre sete a dez dias após o nascimento e depois mensalmente, até o sexto mês de vida. Vemos com frequência a família, por isso sempre digo que nos tornamos melhores amigos, com orientações e análises sobre como está a amamentação, se é necessária complementação alimentar, qual é a característica normal das evacuações, diferenças dos protocolos vacinais da rede pública para a rede privada, os marcos do desenvolvimento neurológico para identificar algum atraso e agir rapidamente com fisioterapia, fonoterapia ou realização de exames para identificar doença genética ou algum problema fora da normalidade ou do desenvolvimento normal padrão”, relata.
A partir do sexto mês inicia a introdução alimentar e o pediatra orientará a forma adequada de realizar essa etapa. “Atualmente fala-se muito dos primeiros mil dias da criança, que é a programação metabólica, ou seja, a programação do corpo para seu futuro. Por isso, a necessidade de estimular a amamentação do leite materno e a introdução alimentar de maneira correta para ter um organismo saudável”, frisa Dra. Camila.
Após os seis meses de vida as consultas de rotina com o pediatra passam a ser a cada dois ou três meses. Segundo a médica, o ideal é trabalhar com prevenção, agendar consultas para orientação porque se caso a criança adoeça os pais tenham um profissional de referência para recorrer. A orientação é de entrar em contato com o consultório ou o médico para receber as primeiras orientações e procurar o pronto-socorro somente se o pediatra não puder dar essa assistência.
“É importante ter o acompanhamento mensal com o pediatra de confiança para que ele oriente sobre a melhor conduta se a criança ficar doente, além de evitar idas desnecessárias ao pronto-socorro e também para que ela não corra o risco de contrair alguma doença, uma vez que nesse serviço sempre terá muitas pessoas doentes”, argumenta.
Da redação
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