Os 5 medicamentos mais vendidos em 2021
Mercado de medicamentos e vacinas bateu recordes de vendas no ano passado
A pandemia causada pela Covid-19 causou grandes estragos na economia do mundo todo. Paradoxalmente, no mercado de medicamentos e vacinas a indústria bateu recordes de vendas.
A Pfizer, sozinha, arrecadou US$ 36,9 bilhões em vendas da vacina desenvolvida em conjunto com a BioNTech. A demanda pela vacina contra a Covid-19 ajudou a catapultar a Pfizer para ser a principal empresa farmacêutica de 2021. A demanda contínua pela vacina Pfizer-BioNTech provavelmente manterá a Pfizer como a maior empresa farmacêutica de 2022.
O segundo medicamento mais vendido de 2021 foi o biológico injetável Humira, da AbbVie, que gerou US$ 20,7 bilhões em vendas. A próxima na fila foi a vacina contra COVID-19 da Moderna, que gerou US$ 17,7 bilhões em receita. O megablockbuster da Merck, Keytruda, completou os quatro primeiros com US$ 17,2 bilhões em receita.
A Novartis e a Roche lutaram para comercializar terapias contra a Covid-19, embora a última tenha introduzido uma série de métodos diagnósticos para o vírus SARS-CoV-2. As duas empresas caíram no ranking em 2021, em comparação com o ano anterior.
1- A vacina da Pfizer contra a Covid-19
A ascensão meteórica da vacina contra a Covid-19 da Pfizer e BioNTech tem poucos precedentes na indústria farmacêutica. Gerando mais de US$ 59 bilhões em receita acumulada em 2021, a vacina adicionou US$ 36,8 bilhões aos resultados da Pfizer em 2021. A vacina também catapultou a antes pouco conhecida BioNTech para o nível superior da indústria farmacêutica. Além disso, a BioNTech anunciou um pacto com a Matinas BioPharma que poderia resultar em uma vacina oral contra a Covid-19. A Pfizer também está apostando no potencial futuro das vacinas baseadas em mRNA.
2- Humira (adalimumabe)
O megablockbuster da AbbVie Humira (adalimumabe) ultrapassou a marca de US$ 20 bilhões pela primeira vez em 2021, atingindo US$ 20,6 bilhões. Humira é um medicamento biológico que revolucionou o tratamento da artrite reumatoide, artrite psoriásica, psoríase, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, uveíte e outras doenças.
Uma série de biossimilares do Humira está prestes a chegar ao mercado dos EUA em 2023. A empresa busca reduzir sua dependência do Humira, que representou 36,8% de sua receita em 2021.
3- Vacina da Moderna contra a Covid-19
A vacina contra a Covid-19 da Moderna gerou US$ 17,7 bilhões em receita em 2021, tornando o medicamento o terceiro produto mais vendido do ano. As vendas da vacina ajudaram a Moderna a reforçar seu pipeline, que inclui vacinas candidatas para gripe, vírus sincicial respiratório, citomegalovírus, HIV, Zika e outros.
4- Keytruda (pembrolizumabe)
Aprovado pela primeira vez em 2014, o medicamento de imunoterapia Keytruda continua a ser o principal impulsionador de negócios da Merck & Co. Desde sua aprovação inicial para melanoma avançado, o Keytruda ganhou dezenas de indicações adicionais de oncologia. A concorrência de biossimilares, no entanto, provavelmente diminuirá as vendas até o final da década.
5- Eliquis (apixabana)
Desenvolvido em conjunto pela Bristol Myers Squibb e pela Pfizer, o Eliquis continua a ser um impulsionador sólido de receita. Gerando US$ 16,7 bilhões em receita total, as vendas globais de medicamentos aumentaram 20% em 2021. O Eliquis continua sendo o anticoagulante oral mais popular em muitos países.
A pandemia de Covid-19 ajudou a aumentar a demanda por apixabana, dada a evidência de que os anticoagulantes podem ajudar a reduzir o risco de morte de pacientes com infecções graves que correm risco de derrames e ataques cardíacos.
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Sobre o autor
Dr. Jamil Mattar Valente
Médico cardiologista e responsável pela coluna de medicina preventiva do Jornal Imagem da Ilha
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