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Higiene das mãos: uma defesa vital contra infecções respiratórias
Especialista enfatiza que a higienização correta pode prevenir até 20% das doenças respiratórias

Para uma higienização eficaz, é essencial utilizar água e sabão, garantindo a limpeza completa das mãos, conforme recomendações da OMS. (Foto: Divulgação / Pixabay)

Publicado em 03/05/2024

Higienizar as mãos tornou-se ainda mais comum entre nós durante a pandemia. Se antes fazíamos isso apenas depois de ir ao banheiro, quando preparávamos algum alimento ou antes de comer, por exemplo, com a Covid-19 aprendemos que as mãos precisam estar limpas, pois são meio de transporte de germes, como vírus, bactérias e outros microrganismos. O hábito é considerado tão essencial que ganhou até data comemorativa no mundo: 5 de maio.

Essa prática simples pode prevenir doenças, infecções e evitar até mortes ao redor do planeta, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o CDC – agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Isso porque, de acordo com o mesmo órgão, a lavagem correta das mãos pode reduzir em até 40% o número de pessoas que adoecem e têm diarreia. Além de diminuir em até 21% a transmissão de doenças respiratórias, como resfriados, na população em geral.

A pele é um reservatório de diversos microrganismos que podem se transferir de uma superfície para outra, seja por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do toque em objetos e superfícies contaminadas.

Entre as principais doenças que podem estar relacionadas com a má higienização das mãos na comunidade, estão as diarreicas (que podem ser transmitidas por bactérias, vírus e parasitas); hepatite A (principalmente com a mão em contato com água contaminada ou com alimentos que foram contaminados) e as infecções respiratórias que, apesar de ter transmissão aérea muito forte, também podem ser contraídas pelo contato das mãos com secreções que estão em algumas partes do corpo, como o nariz, por exemplo.

A gerente do  Núcleo de Apoio ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (NASCIH) da AFIP,  Jussimara Monteiro, ressalta que lavar as mãos pode prevenir a propagação das infecções respiratórias, diarreicas e hospitalares entre as pessoas. Ela explica que os germes podem ser transmitidos entre pessoas através do contato das mãos sujas com as regiões de mucosas do corpo como, por exemplo olhos, nariz e boca que são as principais portas de entrada para doenças infecciosas.

“É importante lembrar que, todo ano, cerca de 1,8 milhão de crianças, abaixo de cinco anos de idade, morre de diarreia e pneumonia e que somente nos Estados Unidos mais de 2 milhões de pessoas ao ano infectam-se por microrganismos multirresistentes e que 23 mil evoluem para óbito. Além disso, reduzir o número destas infecções por meio da lavagem frequente das mãos ajuda a prevenir o uso excessivo de antibióticos, que é o fator que mais leva à resistência a esse tipo de medicamento”, acrescenta Jussimara.

Resultados nos hospitais

Em ambientes hospitalares, a higienização das mãos destaca-se como uma ação essencial para reduzir a transmissão de infecção entre pacientes. De acordo com a OMS as Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS) popularmente conhecidas como infecções hospitalares atingem cerca de 14% dos pacientes internados em estabelecimentos de saúde. Nesse cenário a simples ação da lavagem de mãos contribui imensamente em preservar a condição de saúde do paciente e dos profissionais que atuam nesses serviços.

Vivemos um período em que a medicina evolui rápido, por conta do avanço da ciência e da tecnologia. Mas um programa do Governo Federal, o “Saúde em Nossas Mãos”, mostra que atitudes simples podem ser a diferença entre a vida e a morte.

Durante o triênio 2021-2023, estima-se que mais de seis mil infecções, como as urinárias e pneumonias associadas à ventilação mecânica, foram evitadas nas 188 UTIs públicas em que o programa atua, em todo o país. Foram salvas 2353 vidas por conta da adoção dos protocolos de higienização correta das mãos, levando a uma economia de R$ 364 milhões para o SUS.

Lavagem correta

Mas o que seria essa lavagem correta a que tanto os especialistas se referem? É fundamental saber que higienizar apenas com água não vale e que álcool gel não substitui a lavagem de mãos. É preciso aplicar água e sabão para que a limpeza seja eficaz e espalhá-lo entre os dedos e embaixo das unhas. A partir daí, é necessário esfregar as mãos, criando espuma abundante. O ideal é que esse processo dure ao menos 40 segundos, conforme orientações da OMS.  

Após o enxágue, seria interessante utilizar uma toalha limpa ou papel toalha. Toalhas compartilhadas podem conter germes. E mais uma dica: depois da secagem, use a toalha ou o papel para fechar a torneira, evitando o contato direto com as mãos já limpas.

“Quando estamos em um ambiente hospitalar, costumamos ficar mais atentos à limpeza de tudo. Mas é esse mesmo cuidado que precisamos trazer para nossa vida cotidiana. A prevenção de algumas doenças está, literalmente, nas nossas mãos”, conclui Jussimara.

 

Da redação

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