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Apesar de ser polêmico, ainda há muita desinformação sobre essa proteína. 

O glúten é um composto de proteínas que fica armazenada dentro de alguns cereais como o trigo, cevada, aveia, triticale (hibrido de centeio e trigo). Essa proteína é necessária para a germinação da planta. Tem a capacidade de fazer a fermentação do pão, outros produtos de panificação, massas e macarrão, sustentando a alimentação básica de grande parte da população, importante para a nutrição humana.

Contudo, no decorrer dos anos, essas espécies sofreram alterações genéticas tanto pelos métodos de processamento, como os de colheita, e hoje há mais concentração de glúten nas farinhas em comparação às farinhas de anos mais remotos.

Atualmente, há um reconhecimento de que as reações ao glúten não se limitam somente à doença celíaca, de acordo com pesquisadores que desenvolveram uma nomenclatura das doenças associadas ao glúten.

Confira: 

Doença Celíaca: é classificada como uma resposta imunológica intensa em indivíduos que possuem o gene da doença. É encontrada em todo o mundo e pode atingir 1 pessoa em 100 em qualquer parte do mundo. Os principais sintomas são diarreia, constipação, forte dores abdominais e má absorção de nutrientes. Também pode acontecer de pessoas que possuem o gene e não apresentam sintoma algum.

Alergia ao trigo: quando os dois componentes do glúten do trigo, a gliadina e a glutenina, funcionam como gatilhos levando a uma reação alérgica como rinite, asma, urticária e conjuntivite. Em alguns casos graves, pode haver diarreia, dor abdominal e lesões na pele.

Sensibilidade ao glúten não celíaca: quando a ingestão de glúten pode desencadear sintomas gastrointestinais semelhantes aos da síndrome de intestino irritável, em pacientes sem diagnostico de doença celíaca. É considerada uma nova condição quando os sintomas melhoram ou desaparecem após a retirada do glúten. As pessoas que possuem a síndrome do intestino irritável, por exemplo, sentem a melhora dos sintomas quando retiram o glúten da alimentação. Na verdade, o recomendado é a redução do glúten na alimentação, e não a exclusão, pois esses pacientes não possuem o gene da doença celíaca.

Dicas para identificar doenças relacionadas ao glúten:

- Observe sua alimentação e como o seu organismo está reagindo;

- Identifique sintomas frequentes como: má digestão, dores abdominais, reações alérgicas como rinite e urticárias;

- O exame de sangue pode detectar a presença do gene da doença celíaca.

Dicas para identificar alergia ao trigo e sensibilidade ao glúten não celíaca:

- Observe sua alimentação e como o seu organismo está reagindo;

- Retire o glúten por 2- 4 semanas e observe se houve melhora dos sintomas;

- Após o período de 2-4 semanas, reintroduza novamente o glúten e observe a volta dos sintomas.

Estabelecendo uma alimentação equilibrada, mais saudável e rica em alimentos in natura como legumes, frutas e hortaliças, e reduzindo alimentos embutidos, alimentos processados, ricos em açúcar, farinha refinada, o organismo estabelece o seu equilíbrio.

Procure a orientação de um profissional medico para realizar o diagnostico adequado através de exames específicos e um nutricionista para ajudar na alimentação adequada, equilibrada e saudável.

Evite informações duvidosas (fakenews).

E-mail: mcmnutri@gmail.com

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