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Entenda o problema do consumo excessivo de açúcar na alimentação
Médica explica como fazer substituições mais saudáveis

O recomendado é que o consumo de açúcares adicionados não ultrapasse 10% da ingestão calórica diária. (Foto: Joanna Kosinska/Unplash)

Publicado em 21/07/2024

A saúde pública enfrenta um desafio crescente: o consumo excessivo de açúcar. Presente em alimentos processados, bebidas açucaradas e até mesmo em produtos que parecem inofensivos, o açúcar adicionado invade a dieta moderna de forma silenciosa, contribuindo para o desenvolvimento de doenças crônicas e impactando negativamente a qualidade de vida da população. Reconhecer os perigos do consumo excessivo e adotar hábitos alimentares mais saudáveis são passos essenciais para combater o problema.

O açúcar, em sua forma natural, está presente em frutas, legumes e outros alimentos nutritivos. No entanto, o problema reside no consumo excessivo de açúcares adicionados, como sacarose, xarope de milho rico em frutose e outros tipos utilizados pela indústria alimentícia para realçar o sabor e aumentar a palatabilidade dos produtos. A ingestão excessiva desses açúcares adicionados está diretamente relacionada ao aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e outras condições crônicas que impactam a saúde e a longevidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de açúcares adicionados não ultrapasse 10% da ingestão calórica diária, o que equivale a aproximadamente 50 gramas para um adulto com uma dieta de 2.000 calorias. Idealmente, a OMS sugere que esse consumo seja inferior a 5% da ingestão calórica total, representando um limite ainda mais seguro para a saúde. No entanto, dados alarmantes revelam que a população brasileira consome, em média, o dobro da quantidade máxima recomendada pela OMS, evidenciando um problema de saúde pública que demanda atenção imediata.

Os efeitos nocivos do excesso de açúcar no organismo são diversos e podem se manifestar de diferentes formas. O consumo frequente de alimentos ricos em açúcar adicionado provoca picos de glicemia no sangue, sobrecarga do pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina, hormônio que regula os níveis de glicose no sangue. Essa sobrecarga constante pode levar à resistência à insulina, condição que precede o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

A médica Luciana Haddad alerta para os riscos do consumo excessivo de açúcar: “O açúcar adicionado em produtos ultraprocessados é um importante problema de saúde pública. É preciso estar atento aos rótulos dos alimentos e fazer escolhas conscientes para reduzir o consumo”, aponta.

Além do diabetes, o consumo exagerado contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, aumentando os níveis de triglicerídeos e reduzindo o colesterol HDL, conhecido como colesterol bom. O excesso de açúcar também pode levar ao acúmulo de gordura visceral, um tipo de gordura abdominal que aumenta o risco de doenças cardíacas, derrame cerebral e outros problemas de saúde.

A obesidade, condição multifatorial com raízes em fatores genéticos, comportamentais e ambientais, também está diretamente relacionada ao consumo excessivo de açúcar. As calorias vazias presentes em alimentos ricos em açúcar adicionado contribuem para o ganho de peso e dificultam a manutenção de um peso saudável. Além disso, o consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, está associado ao aumento da circunferência abdominal, um fator de risco independente para doenças cardíacas.

“Muitas vezes, a vontade de comer doce é confundida com fome, levando a excessos e escolhas alimentares inadequadas”, observa a médica. “É importante estar atento a essa armadilha e buscar alternativas mais saudáveis para saciar a vontade de doce, como frutas frescas ou secas, por exemplo. Também é preciso estar atento aos produtos da indústria alimentícia que muitas vezes são carregados do ingrediente”.

Substituir o açúcar por alimentos com baixo teor calórico feitos com adoçantes como a stévia e o eritritol, por exemplo, podem influenciar de forma positiva a saúde. Mas é preciso estar atento para escolher produtos que combinem a redução de açúcar com o valor nutritivo. O Protein da Plant Power, por exemplo,  é adoçado naturalmente com maçã em pó e stévia , além de ser um suplemento alimentar proteico feito com proteína de ervilha importada de alta qualidade. Outro ponto positivo é que ele oferece cinco vezes mais proteína do que carboidratos sem deixar gosto residual de edulcorante e textura cremosa”, finaliza. 

 

Da redação

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