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Como evitar e cuidar da micose no verão

Médica especialista em dermatologia explica sobre a doença e ressalta que tratamento deve ser levado a sério (Foto: Reprodução/Internet)

Publicado em 25/02/2022

Com o carnaval batendo na porta, o verão promete se tornar ainda mais prazeroso. Caracterizado pelas suas altas temperaturas, dias mais longos e noites mais curtas, esse é período ideal para os brasileiros aproveitarem as praias, cachoeiras e lagos do país, mas cuidado, como tudo tem seu lado bom e ruim, com essa estação não é diferente.

Apesar de ser prazeroso, o verão pode auxiliar no surgimento de alguns tipos de micoses fazendo com que se proliferem pela pele, cabelos e unhas das pessoas. Para Flávia Villela, médica especialista em dermatologia, esse é um período em que o calor do tempo, misturado com a umidade do corpo, acaba se tornando favorável ao surgimento desse fungo.

“Por causa das altas temperaturas é necessário ficarmos atentos à alguns hábitos para evitar a contaminação e proliferação de fungos, como por exemplo, exposição prolongada em ambientes úmidos e quentes, como saunas, permanecer com roupas de banho molhadas por um longo período”, afirma a médica.

Uma das micoses mais favoráveis a esse período, é a Pitiríase Versicolor, popularmente conhecida como micose de praia ou pano branco. “Essa é uma infecção fúngica, que normalmente habita o folículo piloso. Quando cresce de forma anormal, forma-se a micose de praia. Por ser comumente adquirida nesse local, leva esse nome”, ressalta Flávia Villela.

TIPOS DE MICOSE

Antes de tudo, é necessário deixar claro que existem dois tipos de micose. As micoses superficiais e as profundas. Segundo Flávia Villela, as superficiais são localizadas na camada externa da pele e não trazem problemas a saúde, já as profundas, podem ser perigosas e difíceis de tratar.

“As micoses superficiais podem ser identificadas pelas manchas que aparecem no corpo. São fáceis de serem tratadas e não costumam apresentar maiores problemas de saúde, diferente das micoses profundas”, comenta a médica.

Ela ainda ressalta que, “na situação profunda, os fungos estão disseminados na corrente sanguínea, ou seja, pode afetar órgãos internos, pulmão e até os ossos.”

Vale ressaltar que as micoses profundas geralmente atingem pacientes com alguma deficiência imunológica, como por exemplo, AIDS e câncer, e são identificadas a partir de exames de sangue ou secreção. Essas são mais difíceis de tratar e podem apresentar agravamento nos problemas a saúde.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Em geral, por serem fungos, as micoses costumam ter os mesmos sintomas. Manchas arredondadas, ovais, descamação da pele, vermelhidão e, em alguns casos, coceira leve ou moderada.

“A micose de praia, em específico, é uma doença versicolor, ou seja, ela pode se manifestar em diferentes cores, como por exemplo, manchas brancas, rosadas ou até mesmo, acastanhadas. Ela também pode afetar as costas, barriga, peito, e partes superiores dos braços”, explica Flávia Villela.

As unhas e cabelos também costumam apresentar alguns sintomas característicos da micose. As unhas podem ficar amareladas, com desníveis e rachaduras. Já o cabelo, é comum aparecer no couro cabeludo, casquinhas brancas, parecidas com a caspa, mas conhecidas como dermatite seborreica.

“Não podemos deixar de mencionar, também, sobre o risco de contaminação de outras pessoas com a micose. Ao ser diagnosticado com a doença, o ideal é não compartilhar objetos pessoais, roupas e nem frequentar praias ou piscinas, isso porque o fungo pode se proliferar na água e contaminar outras pessoas”, afirma a médica especialista em dermatologia.

TRATAMENTO

O tratamento da micose, em geral, não é complexo, mas o ideal é consultar um dermatologista para ser feito a análise, identificação do tipo de micose e só assim ser decidido o que seria mais indicado. Pode ser utilizado remédios, sabonetes e loções para auxílio da coceira e sumiço das manchas.

“A micose é uma doença e, como todos sabem, quem deve prescrever tratamentos para doenças são os médicos. Se contaminada de forma superficial, remédios antifúngicos podem resolver o problema em questão de dias”, conclui Flávia Villela.

Da redação

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