Choveu, e agora? por Dra. Amanda Lima
Dias chuvosos podem ser o momento para colocar na pauta a valorização de pequenas coisas
Tem quem tenha filhos pequenos e comece a “perseguir” programações e ideias do que fazer com as crianças indoor, dentro de casa ( encaixo- me aqui)
Tem quem associe chuva a filmes. Séries. Vinho. Relax para a mente (Eu me encaixo aqui também), mas com criança pequena essa fração de aproveitamento reduz, então fica mais uma “vontade de assistir” ou um filme assistido em várias etapas/ intervalos/ paradas pois os filhos chamaram, querem brincar.
Tem quem consiga blindar a previsão do tempo de programações , e nada muda. Sai, vai a eventos. Promove eventos. Oferece sua casa pra encontros. Aquelas pessoas que formam uma “resistência pluvial “: não ligam se chove ou não.
Tem quem associe à tristeza. Solidão. E de fato, chover traz um pouco de sentimentalismo, nostalgia, reflexão. Será que são os pingos ecoando em nossa mente? Será que a chuva nos faz ficar mais em casa e conviver conosco mesmo, e com as pessoas que moram ou não moram na casa com você? Pode ser.
Tem quem chore mais. Fique com os nervos mais a flor da pele. Sinta mais.
Não se sinta estranho por isso.
Especialistas apontam que a falta de exposição ao sol prejudica a produção de neurotransmissores que estão relacionados ao humor. A produção de serotonina, dopamina e endorfina fica mais baixa, o que pode ser responsável por aquela tristeza nos dias de chuva.
Como combater? O que fazer?
Creio que esses dias chuvosos, em casa, sejam o momento de colocar na pauta da valorização das pequenas coisas.
Pequenas no sentido de detalhes: responder uma mensagem recebida, ou ligação. Assistir a um filme com um vinho, se alongar, cozinhar algo gostoso (um bolo já vale!), tomar um chá com uma música no fundo. Meditar, ligar para uma amiga que há tempos você não fala. Ler. Ler. Ler. Assistir a uma série que você jamais assistiria. Enfrentar a chuva, sair de casa (se tiver vontade), e ir ao cinema, a uma aula de algo prazeroso, a um teatro. Preparar a sombrinha e não reclamar se as gotas de chuva chegarem até você.
Aliás, vamos esquecer esse clamor por reclamar. Vale até pensar com gratidão que você esta em casa, sob um teto confortável e no seu lar.
Vale também seguir o que minha professora de yoga fala: afaste as orelhas dos ombros. Relaxe.
É o que um professor da faculdade traduz em termos odontológicos: desencoste seus dentes.
Não facilite a vida para seu bruxismo, nem para as tensões musculares fizerem o seu pescoço de “morada”. Xô!
Solte essa tensão.
É chuva. Mas não é inundação. Se for uma inundação , e ela vier em forma de lágrimas e tristeza, tente afogar algo sobre elas: paz, descanso, alegria, filmes, ou vinho mesmo.
Texto por Dra. Amanda Lima (Dentista)
Sobre o autor
Amanda Lima
Cirurgiã dentista - Especialista em prótese dentária / Pós graduada em odontogeriatria
Ver outros artigos escritos?