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O consumo de chocolate nesta época do ano ganha bastante destaque, devido ao simbolismo associado à Páscoa e por ser considerado uma forma de demonstração de amor e carinho, afinal quem não gosta de receber um chocolate de presente?

O chocolate, por ser um alimento amplamente consumido no mundo inteiro, possui diversas variações, mas o processamento inicial do cacau que origina este produto é muito simples, pois basicamente envolve processos mecânicos como a seleção dos grãos, secagem, torra, moagem, trituração e prensa. Com o acréscimo de outros ingredientes à massa do cacau ocorre a transformação em chocolate. Os ingredientes utilizados servem para tornar o chocolate mais palatável, com o gostinho que reconhecemos.

Em geral, as melhores opções de chocolate são aqueles mais amargos, por conter uma proporção maior de cacau ao invés de açúcar e gordura. O grande benefício do chocolate está no consumo da substância chamada flavonoide que atua como anti-inflamatório e antioxidante, ou seja, previne o envelhecimento precoce das células, além de fornecer aquela sensação imediata de prazer e bem-estar que tanto influencia o nosso estado de humor. 

Foto: Pavel Muravev / iStock

Nosso paladar é moldado ao longo da vida. Por isso, na infância, atitudes como limitar a disponibilidade do chocolate para crianças e evitar a utilização deste alimento como recompensa, provoca um efeito bastante positivo, pois racionaliza o consumo dos alimentos importantes para o seu crescimento e reduz a chance de desenvolver o paladar infantil na vida adulta, descrito como um comportamento alimentar onde o consumo de alimentos altamente calóricos e palatáveis superam o consumo de alimentos básicos para uma alimentação adequada e saudável, devido às restrições associadas principalmente às experiências na introdução alimentar.

Por mais que tenhamos preferência para o sabor doce, o equilíbrio segue sendo a chave do sucesso! Consumir um chocolate de qualidade com maior percentual de cacau aproveitando e desfrutando do sabor é infinitamente melhor do que comer uma barra inteira e sentir culpa logo após. Manter uma boa relação com os alimentos que fogem um pouco da nossa rotina é essencial. 

Artigo escrito por Tamara Gonçalves Maciel
Nutricionista CRN 10 – 8192
Especialista em Saúde Coletiva – UFRGS
Mestranda em Nutrição – UFSC
@hauxclinicfloripa

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