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A argila e suas funcionalidades. Saiba como utilizar!

Terapeuta explica mais sobre os benefícios desse elemento natural para uso estético e terapêutico (Crédito: Reprodução/Internet)

Publicado em 15/10/2021

Nos últimos tempos a argila vem ganhando espaço como um elemento a ser incluído na rotina de skincare. Porém, se ainda existe dúvida de que forma acrescentar esse item em algum dos passos de autocuidado ou como fazer a escolha correta, uma vez que existem diferentes tipos de argila. A terapeuta Sueli Szterling, do Kurma Spa, explica de que maneira é possível incluir esse elemento natural e rico em benefícios na rotina de autocuidado. E quais escolhas podem ser mais inteligentes na hora de utilizar a argila como uma aliada do skincare.

Tendo sua formação de elementos retirados da natureza, a argila é composta de sedimentos de rochas de fina granulação. "Sua composição ainda conta com alguns outros elementos - como terra e minérios - que se misturam a ela pela ação climática ou por conta de outros agentes externos e naturais. A partir dessa combinação a argila é formada, um composto rico em diversas propriedades terapêuticas e estéticas," explica Sueli Szterling.

Existem diferentes tipos de argilas, e cada cor apresenta características particulares que estão relacionadas com sua composição ou com a forma com que suas partículas estão distribuídas. "Independente da cor, o composto argila promove limpeza, esfolia e ainda tem ação hidratar. Também apresenta propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias, antissépticas e catalizadoras, além de poder revigorante. Mas vale reforçar que determinados benefícios apresentam um potencial maior de acordo com o tipo de argila usado, assim tendo relação direta com sua constituição."

Aliás, as propriedades terapêuticas e estéticas da argila são alcançadas por conta das semelhanças de composição com a pele. "Outro ponto interessante com relação à argila é que por ser composta de oligoelementos - como o ferro - e por esses microminerais estarem presente também em nossa composição corporal, a argila é reconhecida pelo organismo e por afinidade absorvida pela barreira cutânea."

Onde e como usar?

Apesar de no início a associação ser com o uso facial, esse elemento também pode ser aplicado nos cabelos, por exemplo. "A argila é um elemento muito versátil, pode ser usada dos pés à cabeça. Mas é importante respeitar as indicações de acordo com cada tipo e situação em que será utilizada."

Sueli explica que a aplicação na pele deve ser sobre uma região limpa. Em seguida é preciso fazer a mistura de uma colher de sopa de argila em pó com água mineral - preferencialmente - e que esta deve ser acrescentada aos poucos, não havendo uma quantidade específica. "Também é possível adicionar à mistura florais ou óleos essenciais. O objetivo é alcançar uma textura de pasta, sendo possível aplicada com pincel ou com os dedos."

Sua ação acontece em simultâneo com a secagem, ou seja, assim que estiver mais seca é necessário fazer a retirada com água corrente e em movimentos circulares e suaves. Após, é interessante fazer uso de um tônico ou hidrate, indica a terapeuta. "Para a pele a argila consegue ajudar a fechar os poros, clarear e desintoxicar a derme. Mas esse item também pode estar presente em shampoos, cremes, máscaras."

Outros usos

A aplicação em natura no corpo e nos cabelos segue o mesmo principio. "Dissolvida a argila em algo que facilite o uso e que permita alcançar a textura de pasta ou algo mais líquido/fácil de espalhar. Além disso, a aplicação no cabelo deve se restringir ao couro cabelo, já que o uso nos fios pode danificar a cutícula do cabelo e causar frizz. A utilização no comprimento também pode levar ao ressecamento," reforça Sueli.

No caso do cabelo, a aplicação da argila repõe minerais, tem poder de nutrição, ação antibacteriana e de renovação. "Também promove uma esfoliação mecânica do couro cabeludo, auxiliando na retirada de resíduos e contribuindo para desobstruir os folículos capilares."

Com relação à frequência de uso, Sueli explica que isso depende do objetivo que se busca com a aplicação. "Pode ir de dias alternados em um momento de maior necessidade ou para manutenção dos benefícios fazendo uso uma vez por semana."

Qual escolher?

Se a dúvida é qual escolher entre as diversas opções e seus benefícios, é possível optar em um primeiro momento, por uma argila mais neutra e que se adequa bem a diversas situações. "A argila branca é a mais suave. Pode ser utilizada em associação com outros tipos, conseguindo amenizar o efeito das demais, e por isso acaba sendo neutra. A branca, em especial, estimula a produção de colágeno e elastina pela pele. Também sendo uma ótima escolha para uso nos fios", destaca a especialista.

Outros tipos bem comuns e com ótimos resultados são: as argilas verde e preta. "No caso da verde, esta é interessante para uso em peles oleosas e com acne, pois remove toxinas, é descongestionante e adstringente - seu principal benefício. No uso corporal ajuda o sistema linfático na eliminação das impurezas, além de ser um esfoliante suave."

Já a argila preta é mais gordurosa, então é preciso atenção com a quantidade de água para que se consiga a textura correta. Ela tem propriedades que ativam a circulação sanguínea e também possui concentração de elementos adstringentes. Além disso, apresenta ação anti-inflamatória, cicatrizante e antisséptica. "Apesar de mais gordurosa, sua retirada é difícil. Utilizar um algodão para evitar o atrito na pele pode ser interessante."

Além da questão da textura, já que a argila pode ser encontrada em pó - versão mais comum - ou já ‘industrializada’ em opções cremosas, o importante na hora da escolha é buscar por produtos que passaram por um processo de purificação. "Suas propriedades e benefícios também estão associados a essa pureza. Argilas orgânicas e certificadas são as mais indicadas", aconselha Sueli.

 

Da redação

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