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Transporte, educação e saúde puxam inflação em fevereiro na Capital. Confira!

Reajustes anuais de mensalidades das escolas chegaram a 15,3% no Ensino Fundamental (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom/SC)

Publicado em 03/03/2022

Os produtos e serviços comprados pelos consumidores de Florianópolis subiram em média 0,89% em fevereiro, uma leve aceleração em relação aos 0,79% do mês anterior. Os aumentos que mais pesaram no índice foram os dos preços ligados aos transportes, educação e à saúde e cuidados pessoais. A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou praticamente estável, em 10,66%.

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Educação

Mesmo representando apenas 5,8% do orçamento das famílias, os gastos com educação foram responsáveis por quase um terço da inflação de fevereiro, devido aos reajustes anuais das escolas particulares.

As mensalidades subiram em média 5%. Mas chegaram a 15,3% no Ensino Fundamental e a 7,4% no Ensino Médio. Na Educação Infantil, os reajustes ficam um pouco acima da média geral, chegando a 5,65%.

Transportes

Mesmo com uma leve queda (-0,5%) nos preços dos combustíveis para automóveis, o aumento médio nos preços ligados aos transportes (1,42%) corresponde a um terço da inflação de fevereiro. Os gastos com transporte representam mais de um quinto do orçamento das famílias.

Os principais aumentos nesse grupo foram os das passagens aéreas (15,8%) e dos custos com veículo próprio, como emplacamento (14,6%), serviços de oficinas (5,8%) e acessórios e peças (5,1%). Comprar um carro ficou 2,5% mais caro.

Saúde e cuidados pessoais

Cuidar da saúde e do bem-estar ficou em média 2% mais caro em fevereiro, aumentos que foram responsáveis por quase um quarto da composição do índice de inflação do mês. Em tempos de pandemia, os produtos farmacêuticos e óticos subiram 2,3% e os serviços de saúde encareceram 0,9%.

Já os serviços de cuidados pessoais (como corte de cabelo e manicure) subiram 2,3%. Os produtos de higiene ficaram 4,6% mais caros.

Outros preços

Os preços dos alimentos ficaram quase estáveis em fevereiro (aumento de 0,10%). Entre os demais grupos pesquisados, subiram os artigos de residência (1,43%), despesas pessoais (0,21%) e serviços de comunicação (0,68%). Houve redução nos preços da habitação (-0,12%) e do vestuário (-1,52%). Nos últimos 12 meses, os preços das roupas acumulam uma queda de -8,74%.

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 28 de fevereiro.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.

Da redação

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