Socorro à Lagoa do Peri foi tema de audiência pública
Coloração avermelhada da Lagoa do Peri preocupa comunidadade
A Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) realizou na última quinta-feira (21), no Plenarinho da ALESC, uma audiência pública sobre a coloração avermelhada que a Lagoa do Peri adquiriu há alguns meses. Participaram representantes de órgãos públicos, pesquisadores e moradores. A proposição foi do presidente da Comissão, deputado Marcos José de Abreu – Marquito (PSOL).
Diversas análises de água já foram realizadas, mas a causa da alteração de cor da lagoa ainda não havia sido identificada.
Da Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), estiveram presentes a presidente, Beatriz Campos Kowalski, a chefe do Departamento de Unidades de Conservação, Mariana Coutinho Hennemann, e o diretor de Gestão Áreas Naturais Protegidas, Mauro Manoel da Costa. A comunidade foi representada pela secretária do Meio Ambiente da Associação de Moradores da Lagoa do Peri, Carolina Ferreira Peccin.
Do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), esteve presente a diretora de Biodiversidade e Florestas, Sabrina Nunes Cataneo Maestri. A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) também participou.
Pela Universidade Federal de Santa Catarina, estiveram presentes os professores Paulo Horta, do programa Ecoando Sustentabilidade, e Leonardo Rubi Rorig, que atua nas áreas de biotecnologia de algas, oceanografia biológica e ecologia.
Uma das principais perguntas na audiência pública foi se a Lagoa do Peri estaria colapsando.
A resposta dos pesquisadores e professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para a pergunta foi: sim! “A Lagoa do Peri está nos dando um alerta vermelho, literalmente”, afirmou o professor Paulo Horta. A coloração avermelhada da água vem sendo analisada desde maio e a hipótese mais provável para que esteja assim são as mudanças climáticas.
A Lagoa do Peri é um Monumento Natural Municipal, uma unidade de conservação que precisa de plano de manejo, proteção das nascentes e, claro, cuidado na retirada de água para consumo. A lagoa abastece cerca de 100 mil pessoas no Sul e Leste da Ilha.
Os principais encaminhamentos da audiência foram:
- A criação de um grupo de trabalho para que o monitoramento da Lagoa do Peri seja constante e os dados compartilhados. A população precisa que esses dados sejam transparentes;
- A cobrança para que a Casan pague pela captação de água. Já existe um decreto (24.357/2022) para que a empresa pague cerca de R$ 50 mil por mês ao município. A preservação deve fazer parte dos custos;
- A facilitação da criação de mecanismos de participação comunitária e transparência do cuidado do poder público com a lagoa, que tem muitas áreas de Mata Atlântica primária e uma grande biodiversidade;
- O questionamento das obras no entorno da Lagoa do Peri, com rebaixamento do lençol freático;
- O questionamento das alterações do Plano Diretor que criam muitos incentivos para a construção sem ter sido apresentado um plano de abastecimento para o novo número de pessoas.
O presidente da Comissão, deputado Marcos José de Abreu – Marquito (PSOL) encaminhou as reivindicações trazidas na audiência para os órgãos de controle, e na próxima reunião sobre o tema prometeu trazer algum esclarecimento. Ele reforçou que em seu mandato estará lutando pela Lagoa do Peri viva!
Da redação
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