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Saiba quantas toneladas de vidro foram desviadas do aterro em 2022
Receita obtida com as vendas beneficia sete associações de triadores que mantém 200 famílias

Embalagens (garrafas, pote e frascos) vazias, copos, taças, refratários, pirex e espelhos (sem película) podem ser depositadas em 145 pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro em toda a cidade (Fotos: Divulgação/PMF) **Clique para ampliar

Publicado em 22/11/2022

As sete associações de triadores de Florianópolis já comercializaram este ano mais de 3 milhões de quilos de vidro, o equivalente a 3 mil toneladas. A maior parte dessas embalagens de vidro foi separada pelo usuário para a coleta seletiva pública que atende 100% dos bairros da capital com coleta exclusiva de vidro de porta em porta ou com a rede de 145 pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro. 

De acordo com a Prefeitura de Florianópolis, a cidade é a capital que mais recicla no Brasil pelo pioneirismo e inovação da coleta seletiva, pois foi a primeira a adotar a modalidade de entrega voluntária de vidro em 2014, com a instalação inicial de 10 PEVs na área continental. "De lá pra cá, a capital se tornou um caso de sucesso e referência nacional na logística reversa das embalagens de vidro", aponta o secretário municipal do Meio Ambiente, Fábio Braga.

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Desde a pandemia, informa a engenheira sanitarista da Secretaria Municipal do Meio Ambiente Karina da Silva de Souza, há falta de cacos de vidro no mercado nacional. A escassez obrigou a indústria a importar matéria-prima para garrafas até da Bélgica e valorizou a cadeia da reciclagem deste material. Mas, não para todos, observa Karina. Florianópolis tem conseguido vantagens competitivas concretas para a comercialização de vidro, por conta da agregação de valor promovida pelo sistema municipal de coleta seletiva. 

Material nobre

Com volume grande e estável de vidro coletado, Floripa concentrou a atenção da indústria recicladora. Hoje, a tonelada de vidro comercializada na capital catarinense pode chegar a R$ 230, enquanto nos demais municípios segue sendo vendida por apenas R$ 60. “O vidro tornou-se um material nobre para a reciclagem, com a coleta dinâmica e eficiente que temos em Florianópolis, conseguimos valorizar toda a operação”, aponta Karina da Silva de Souza.

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O vidro coletado pela Prefeitura de Florianópolis é doado para as associações de triadores e comercializado com indústrias como a Catarina Vidros, de Tijucas. O negócio tem atraído inclusive players como a Verallia, líder europeu e terceiro produtor mundial de embalagens de vidro para bebidas e alimentos, que está em conversação com  a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smma) para ampliação da rede de pontos de entrega voluntária, comenta o superintendente de Gestão de Resíduos da Smma, Ulisses Bianchini. 

Alto percentual de reciclagem

A Prefeitura de Florianópolis ampliou a rede de entrega voluntária de vidro para 145 pontos. Desde o final de 2014, quando foram instalados os primeiros 10 pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro, estima-se que a reciclagem de vidro já chega a 30% do potencial em Floripa, de acordo com a Superintendência de Gestão de Resíduos da Smma. Toda produção da coleta seletiva da prefeitura é entregue para associações de triadores, que mantém em torno de 200 famílias, principalmente as associações de Coletores de Materiais Recicláveis (ACMR) e a Sul Recicla. 

O vidro é um material 100% reciclável e pode chegar aos patamares do alumínio. Hoje 98,7% das latas de alumínio distribuídas no Brasil retornam à indústria.

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A Secretaria Municipal do Meio Ambiente informa que já coletou, por entrega voluntária, 2.110 toneladas de vidro em 2021, mais 452 toneladas na seletiva flex com caminhões satélite. Isso é 40% a mais do que havia sido coletado em 2020 e quase três vezes a quantidade coletada em 2019.

O potencial de vidros na coleta em Florianópolis é de 8 mil toneladas por ano. Se esse material for separado pelo cidadão, o município poderá economizar R$ 640 mil com aterramento de vidro e gerar R$ 1,2 milhão em receitas com a triagem e comercialização do material. 

Em 2022, até outubro, foram comercializadas 3.023 toneladas de vidro pelas associações, com receita estimada de R$ 700 mil e economia de R$ 474 mil com desvio de aterro sanitário.

Seletiva flex de vidro

A seletiva flex Floripa adapta a coleta às características de cada bairro. O recolhimento só de vidro já é oferecido aos moradores do Itacorubi, Córrego Grande, Jurerê, Daniela, Canasvieiras, Ponta das Canas, Cachoeira, Brava, Canto do Lamim, Vargem Grande, Ingleses Norte e Campeche, aponta o gerente do Departamento de Coleta, José Vilson de Souza.

Também há um roteiro que atende 800 bares, restaurantes e padarias em vias gastronômicas do Centro, continente, bacia do Itacorubi, Lagoa, Santo Antônio e Sul da Ilha, Estreito e Balneário, explica a gerente da Divisão de Coleta Seletiva, Tamara Gaia.

Para participar, os estabelecimentos precisam adquirir contentor modelo europeu na cor verde.

SÓ VIDRO

- 145 pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro em toda a cidade.
 
- Seletiva Flex só de vidro (caminhão satélite): no Itacorubi, Córrego Grande, Trindade, Pantanal, Carvoeira, Santa Mônica, área residencial do Centro, Estreito, Balneário e parte do Jardim Atlântico. Em 8 de setembro, será ampliada para João Paulo, toda quinta. 
 
- Seletiva Flex só de vidro: bares, restaurantes e condomínios em vias gastronômicas do Centro, Coqueiros, Itaguaçu, Bom Abrigo e Abraão, Ribeirão da Ilha, Campeche, Rio Tavares, Lagoa da Conceição, Joaquina, Praia Mole, Cacupé, Santo Antônio, Sambaqui, Saco Grande e Monte Verde.
 
- Seletiva só de vidro com compactador: uma vez por semana em Jurerê, Daniela, Canasvieiras, Ponta das Canas, Cachoeira, Brava, Canto do Lamim, Vargem Grande, Ingleses Norte e Campeche.

VIDRO

PODE

Embalagens (garrafas, pote e frascos) vazias, copos, taças, refratários, pirex e espelhos (sem película).

NÃO PODE

Vidros planos com películas, cristais, utensílios de cerâmica, porcelana e lâmpadas.

Por que colaborar

O vidro é 100% reciclável, uma garrafa vira outra, evitando novas retiradas de matéria-prima da natureza. Se não é separado para a reciclagem, o vidro ocupa muito espaço no aterro e leva 4 mil anos para se decompor. O vidro também provoca risco de acidentes com garis e triadores e danos aos equipamentos coletores. 

Acesse www.pmf.sc.gov.br/residuos para informações sobre a localização dos pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro.

Da redação

 

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