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“WHAT A STORY, WALTER!”
Com três indicações ao Oscar, ‘Ainda Estou Aqui’ eleva o cinema brasileiro a um novo patamar

Fernanda Torres, na foto com o diretor Walter Salles, brilha no filme 'Ainda Estou Aqui', entregando uma performance aclamada e emocionante. (Foto: Divulgação do filme)

Publicado em 23/01/2025

O discurso de Fernanda Torres ao receber o Globo de Ouro há três semanas, agradecendo Walter Salles, seu parceiro e diretor do filme “Ainda Estou Aqui”, foi um prenúncio do ineditismo alcançado hoje pela obra brasileira em Los Angeles: a indicação do filme para o Oscar 2025 em nada menos que três categorias. E nobres: Melhor Filme Internacional, Melhor Filme e Melhor Atriz. O anúncio devolve ao Brasil, com juros e correção monetária, aquele gosto de vitória e orgulho brasileiros de 1999, quando a mãe da protagonista, Fernanda Montenegro, foi indicada como melhor atriz por Central do Brasil, do mesmo diretor Walter Salles.

Para analisar esse momento único – e mágico – do cinema brasileiro e mostrar um pouco das reais perspectivas de um Oscar made in Brazil, convido para esta coluna o empresário, cinéfilo e diretor do Paradigma Cine Arte, Felipe Didoné.

Estatueta do Oscar Noel West. Créditos: The New York Times.

 

A opinião de Didoné

Hoje temos um dia histórico para o cinema brasileiro. O primeiro longa nacional a ser indicado a melhor filme! A obra também disputa os prêmios de melhor atriz, para Fernanda Torres, que também já venceu o Globo de Ouro, e melhor filme internacional.

É um ânimo novo para o setor audiovisual que tanto luta por espaço no Brasil. 

Mesmo que não venham as estatuetas, já temos muitos motivos para comemorar.

Minha perspectiva é que Fernanda Torres tenha mais chance de levar para casa o prêmio, não só embalada pelo Globo de Ouro, mas principalmente porque sua atuação é irretocável. Sua maior concorrente, na minha opinião, é Demi Moore, também brilhante no polêmico A Substância.

Para Filme Internacional a disputa é muito mais ferrenha. Emilia Pérez é o favorito e o magnífico A Semente do Fruto Sagrado (para mim o melhor filme que assisti esse ano) pode surpreender.

Na disputa de Melhor Filme as chances são muito pequenas e os concorrentes muito fortes, mas sempre temos esperança. Quem não se lembra da surpresa do coreano Parasita em 2020?

De qualquer forma, nós, do meio audiovisual brasileiro, temos que, além de torcer, continuar trabalhando para que o cinema brasileiro se destaque ainda mais.

Cobertura Internacional

Felipe Didoné também estará participando conosco dacobertura do Festival Internacional de Cinema de Berlin e voltará mais vezes para passar as suas impressões de um dos maiores eventos da indústria cinematográfica mundial.

 

 

 

 

     

 

Felipe Didoné é empresário, cinéfilo e diretor do Paradigma Cine Arte.

 

 

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Sobre o autor

Karin Verzbickas

Jornalista conhecida por suas resenhas de filmes no Jornal Imagem da Ilha


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