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”Com câncer, temos duas opções: cair ou lutar”
Acompanhe a história de Rosimere Terezinha, que teve tumor de mama. Ela é professora da rede municipal de ensino de Florianópolis

Rosimere celebrou a sua última radioterapia no dia 06 de outubro de 2019 (Fotos: Divulgação) **Clique para ampliar

Publicado em 03/10/2023

Em setembro de 2018, a rotina dela mudou radicalmente. Em um autoexame durante o banho, percebeu que a sua mama direita estava com um nódulo. Nossa Personagem da Semana ouviu naquela época uma notícia inesperada, porém, que mudaria sua vida para sempre. Rosimere Terezinha Ferreira, 52 anos, é professora de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino em Florianópolis, onde, atualmente, dedica-se a crianças de 4 meses a 1 ano e 3 meses de vida.  

Voltando lá atrás, ela marcou urgentemente uma consulta com a médica mastologista, querequisitou um ultrassom e uma biópsia. Quando foi buscar o resultado dos exames, levou uma amiga junto. Estava com câncer. Ficou assustada, chorou um pouco, porém, sua preocupação maior, era com a reação da filha Yasmin e dos pais, que são idosos. 

Houve um desespero coletivo. “Lentamente, esse sentimento foi substituído por força e coragem por todos nós”, relembra Rosimere.  

Na tarde de 28 de novembro de 2018, uma quarta-feira, no Hospital Baía Sul,  foi para a sala de cirurgia retirar o tumor e lá permaneceu por  cinco horas. Com ela, ficou no hospital a amiga de infância Fabiana Conceição. 

Em fevereiro de 2019 iniciou a quimioterapia por seis meses com uso de medicamentos. No total foram 16 sessões, todavia, já com a primeira aplicação os cabelos da professora começaram a cair. Foi ai que tomou a decisão de raspar a cabeça.


Com a equipe médica, ela se despediu das sessões de radioterapia em 2019

 

Dor na alma

Quem cortou suas madeixas foi a cabeleireira dela, Vanessa, que fechou o salão especialmente para o ato. “Para ela e para mim foi bem difícil. Acho que foi mais difícil para a Vanessa, que sofreu mais. Ela tinha visto as várias fases do meu cabelo”. 

Juntos de Rosimere estavam os pais, José Manuel Ferreira e Terezinha Gonçalves, além da manicure Tayse. “Eu tive que me manter bem forte para acalmar quem estava me observando”. 

A cada mecha que ia por terra,  a professora relata que sentia uma  espécie de dor na alma. “O cabelo faz parte de ti. Saber que o cabelo está indo embora... que talvez você não fique tão bem careca... é triste”. 


A cabeleireira e amiga Vanessa fechou o salão para mudar o visual de Rosimere

 

Saiu do salão usando um lenço, de cor rosa. 

Mais tarde, começou  a aceitar o seu visual e  passou  a circular sem lenço. “As pessoas já tinham se acostumado com a minha situação. Até que um dia, eu abandonei o lenço”. 

A partir de setembro daquele ano fez 30 sessões de radioterapia, que consiste no uso de radiações para atacar as células doentes. 

Rosimere ficou 1 ano e quatro meses afastada do ambiente da creche. Retornou no primeiro semestre de 2020, indo trabalhar no Neim Celso Pamplona. Logo em seguida, passou a fazer home-office como os demais funcionários da Prefeitura devido à pandemia da Covid. 


Com a filha, Yasmin, o enteado, Cauã, e o companheiro, Márcio Aurélio


Desde 2021, em regime de 40 horas, Rosimere trabalha em um núcleo de educação infantil no bairro Jardim Atlântico, onde cuida de 18 crianças.  


Ela é encantada pela educação infantil. Hoje cuida de 18 crianças em período integral


O que deixar como mensagem para quem está com câncer de mama? 

“Temos duas opções quando nos deparamos com esse diagnóstico: cair ou lutar. Eu optei pela luta, pois fui envolvida por uma corrente de amor da minha família e dos amigos que cultivei ao longo desse tempo que estou na educação. Lutar sempre, desistir jamais”.

Da redação

 

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