Imagem da Ilha

Normal

   Considerando que SC não sai da tenebrosa lista de Estados onde a contaminação de covid-19 segue subindo sem trégua, até que foi baixo (22,47%) o índice de abstenção no primeiro turno das eleições, domingo, contra 13,02% em 2016.

PT x Hang

   A revista Veja deu um destaque inusitado, até domingo, à possibilidade de o empresário Luciano Hang ver sua Brusque novamente administrada pelo PT. Seria um ringue permanente e rusgas, previam os brusquenses. Ari Vequi, do MDB, levou fácil sobre Paulo Eccel, com o dobro de votos. Não bateu com as previsões, especialmente as petistas.

Fenômeno

   As eleições de domingo deram corpo a um fenômeno chamado política identitária, que foi a eleição, para as câmaras municipais, de 25 transexuais e travestis. Mulheres negras, indígenas e mandatos coletivos também obtiveram sucesso em 13 capitais, como Florianópolis, onde candidaturas que encamparam pautas LGBT, feministas ou antirracistas figuram entre os 10 mais votados para os legislativos municipais.

Deus acima

  Com seu faro apurado, o cronista social criciumense Ney Lopes detectou que entre os 17 vereadores eleitos de sua cidade, três são pastores e seis outros ministros da eucaristia, assim chamados, na Igreja Católica, os leigos a quem é dada permissão, de forma temporária ou permanente, de distribuir a comunhão aos fiéis, na missa ou noutras circunstâncias, quando não há um ministro ordenado (bispo, presbítero, padre ou diácono) que o possa fazer. Deve ser o Legislativo mais “cristão” de SC.

Rejeição

   Sem nomes, porque são tantas e citar algumas seria discriminar: socialites de todas as tribos, das mais diferentes cidades de SC, acharam que poderiam entrar na política com a mesma facilidade como programam um jantar à luz de velas para seu grupinho da alta roda endinheirada. Quebraram a cara. O ouro e diamantes que algumas faziam questão de mostrar na campanha, não brilhou nas urnas. Virou latão.

Absolvida

   O Superior Tribunal de Justiça Desportiva aceitou recurso e absolveu, por cinco votos a quatro, a jogadora de vôlei Carol Solberg por ter gritado “Fora, Bolsonaro” durante uma entrevista ao vivo na cerimônia de premiação da etapa de Saquarema (RJ) do Circuito Brasileiro do Vôlei de Praia, em setembro. Entre os que queriam que fosse mantida a pena por advertência esteve o presidente do STJD, o catarinense Alexandre Beck Monguillott. Aliás, um julgamento que pareceu dos maiores da história do esporte. Na defesa da atleta atuou, entre outros, Felipe Santa Cruz, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Perdedor

    Entre 13 candidatos a prefeito que tiveram votos pedidos pelo presidente Jair Bolsonaro, apenas dois passaram ao segundo turno: Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio, e Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza. Em SC ele pediu votos para a candidata a prefeita de Criciúma,  Júlia Zanatta (PL), que conseguiu  apenas 7,3% dos votos válidos.

Salamandra

   Demonizado em passado recente, o DEM renasce das cinzas com as retumbantes vitórias de Gean Loureiro em Florianópolis, Rafael Greca em Curitiba e Bruno Reis em Salvador.

Candidato

   Com a tranquila vitória na reeleição em Tubarão, o prefeito Joares Ponticelli (PP) se torna, declaradamente, o primeiro pré-candidato a governador ou senador em 2022.

Luto

  Uma lágrima para o ex-governador Henrique Córdova, 82 anos, político de São Joaquim que morreu domingo em Lages. Até poucos dias atrás premiava amigos em rede social com contos curtos  e impressões diversas, não raro expressando seu desencanto com a política e os políticos de hoje. Dizer que foi um homem bom, em todos os sentidos, é o mínimo que se pode dizer desse honrado político catarinense.

Só o cargo

   Quem não conhece políticos, no âmbito estadual ou municipal, que eleição após eleição, a cada dois anos, comparece como candidato ao governo estadual ou Congresso Nacional e, dependendo do resultado, para prefeito e até vereador, só para ter um mandato? Evidentemente que sem nenhum compromisso com seus eleitores e sim para atender vaidade pessoal e até para aumentar ainda mais seu patrimônio, não o político, mas sim o financeiro. Em suma, ter um cargo. Finalmente, parece, o eleitor está percebendo esta expertise, em todos os sentidos, e aprendendo a escolher melhor.

Volta de Moises

   Há uma certeza de que na votação do pedido de impeachment, marcada para dia 27, o governador Carlos Moises se livrará do processo e voltará ao cargo no mesmo dia. E aqueles deputados, que fizeram do caso um processo iminentemente político, por terem seus escusos interesses contrariados, que explicação irão dar?

Sobras

   Com a pandemia, os Tribunais de Contas, Justiça, MP-SC e Assembleia Legislativa reduziram gastos com energia elétrica, água, transporte, transporte, reformas, aquisições de bens, passagens, contratações de serviços e novos servidores, e diárias, entre outros. O curioso é que até agora há um silêncio ensurdecedor quanto à possibilidade de devolução do sempre gordo duodécimo ao Executivo, à título de “sobras”. Perguntar não ofende: teremos novamente a infame bonificação natalina para seus abonados servidores neste final de ano, bancada, mais uma vez, pelo contribuinte?

Esperando

   Se lê, ouve e vê que os habitantes do Amapá, que vivem um apagão há mais de 10 dias, devem buscar indenizações pelos imensos prejuízos. Conseguirão alguma coisa? Pouco provável. Em 2003, Florianópolis passou 55 horas sem energia por pane durante manutenção elétrica. Os 153 mil consumidores prejudicados não receberam nenhuma indenização por seus prejuízos.

Lido, alhures

   Os meus e os seus próximos quatro anos, caro leitor, dependem do voto sufragado domingo nas urnas. Pensemos bem, pois, como disse Max Weber, “neutro é quem já decidiu pelo mais forte”.

Para se pensar

   Falem bem ou mal dele, o fato é que apresentador Luciano Huck é o pré-candidato presidencial que melhor representa o centro, hoje: na economia é um social-liberal e nos costumes é um progressista, sem passar dos limites do bom senso. Ser centrista é isso. Ficar entre a direita ou esquerda, valorizando mais as virtudes de que os defeitos de ambas.

Rádio Senado

  O Senado abriu licitação para ampliar sua rede, incluindo uma estação FM em Florianópolis. As transmissões locais nos Estados ocorrem em parcerias estabelecidas com as Assembleias Legislativas ou outros órgãos públicos, em frequências liberadas pelo Ministério das Comunicações. A Rádio Senado já é retransmitida para 18 cidades em todo o Brasil. A capital catarinense também contará com a Rádio Câmara FM 89.9, ainda sem data para a sua implantação.

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