Imagem da Ilha

Ironia 

No mesmo dia 3 passado, em que veio à tona o vídeo contendo trechos da audiência de processo criminal que apura denúncia de estupro da influenciadora digital Mariana Ferrer, se comemorou os 90 anos da instituição do direito ao voto feminino no Brasil.

Foco em 2022

Ao mesmo tempo que participa intensivamente da campanha eleitoral em SC, apoiando candidatos a prefeito em dezenas de municípios, o senador Jorginho Mello (PL) não consegue mais esconder o seu grande sonho daqui a dois anos: disputar o governo do Estado.

Impaciência  

Está sendo cada vez mais chato ver os noticiários da Globo, da madrugada até à noite, com a maioria das notícias negativas contra o governo, direta ou indiretamente. Governo que usa uma estratégia pouco usual, que parece funciona: quase não lhe dá respostas ou explicações, o que deixa ainda mais explicita a parcialidade da emissora. O mesmo se pode dizer do marrento presidente Jair Bolsonaro, que implica com tudo e todos. O que custa reconhecer a vitória de Joe Biden e encerrar este assunto? E esse negócio das vacinas! Encheu!

Ofensiva

As cenas da audiência em que a influenciadora digital Mariana Ferrer é humilhada pelo advogado de defesa do empresário André Aranha, acusado de estupro, levaram a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados a notificar, desde segunda-feira, autoridades federais e de SC, cobrando providências contra o advogado de defesa, Cláudio Gastão da Rosa Filho; o juiz, Rudson Marcos; e o promotor Thiago Carriço.

Educação domiciliar

Depois de ouvir a Secretaria da Educação, Conselho Estadual de Educação e o Ministério Público, decidiu-se mandar para as calendas mais um projeto interessante, no Legislativo estadual. É o que possibilita aos pais ou responsáveis por crianças e adolescentes “cancelarem ou não realizarem a matrícula e darem seguimento à educação de maneira domiciliar, em casos de calamidade ou emergência de saúde pública”. Em países mais civilizados é uma prática mais que comum. Alega-se, aqui, que ele tira o direito da criança da convivência com os seus colegas e com seus pares.

Lei importante

Foi promulgada semana passada em Criciúma uma lei que, salvo melhor juízo, aparenta ter amplo apoio popular. Proíbe que vereador eleito exerça qualquer cargo no poder Executivo. Que tal uma lei que impeça o mesmo para deputados estaduais, federais e senadores eleitos? O sentimento de traição é evidente quando isso acontece. Certamente sentiram isso os 3.431 eleitores que elegeram Arlei da Silveira (PSDB) em 2016 (o mais votado no município) que preferiu ser secretário municipal e só assumiu no final do ano passado, deixando a cadeira aberta para seis suplentes irem se revezando no Legislativo criciumense. Uma sugestão para candidatos a prefeito: ganharão mais votos, domingo, os que fizerem a mesma promessa. E que a cumpram se forem eleitos, lógico.

Quem será?

Alguns analistas políticos já fazem a pergunta de um milhão de dólares: quem será o Joe Biden tupiniquim?

Capacitismo

Mais que eloquente a iniciativa do Senado, que fará campanha contra o capacitismo, assim chamada a atitude preconceituosa contra as pessoas com deficiência por não se encaixarem no padrão corporal tido como perfeito ou ideal. É comum que as pessoas pensem que não têm preconceito, mas há várias situações em que, sem a intenção de discriminar, pode-se agir de forma capacitista. Em 3 de dezembro, quando se celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o Senado fará campanha para conscientizar sobre a discriminação.

Voto consciente

Sim, ainda há esperanças na política quando se toma conhecimento de iniciativa como a do atuante Movimento Floripa Sustentável que lançou campanha para despertar a população da Grande Florianópolis para a importância do voto em candidatos às câmaras de vereadores. A estratégia geral é instigar os eleitores a se darem conta do poder do seu voto. Merecem parabéns os vários veículos de comunicação, agencia de publicidade e produtoras de vídeo e áudio, pela contribuição voluntária à tão nobre causa.

Os (e as) caras de pau 1

O Tribunal de Contas da União (TCU) liberou a relação, com quase 11 mil candidatos de todo país às eleições do dia 15, que receberam o auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus, mas têm patrimônio declarado superior a R$ 300 mil. Nessa faixa estão 10 candidatos a prefeito de SC. Outros 28 declararam ter patrimônio inferior a R$ 300 mil, mas também sem direito ao benefício. Há ainda 95 candidatos a vice-prefeito e 5.392 a vereador no Estado que receberam o auxílio sem merecê-lo. A lista está disponível no portal do TCU (tcu.gov.br) com o nome do “beneficiário”, seu CPF, patrimônio declarado, o valor recebido e o tipo de auxilio (se solicitou no aplicativo da Caixa ou se estava na Cadastro Único do governo federal, onde estão cadastradas as famílias de baixa renda, que ganham até meio salário mínimo por pessoa. O que não é o caso dessa gente que, com sua atitude abjeta, tem a petulância de se apresentar para, via voto popular, se credenciar a ocupar cargos executivos e legislativos. Se eleitos, o que esperar deles? Se esse fosse um país honesto, teriam suas candidaturas indeferidas. Sinceramente, não merecem o voto.

Os (e as) caras de pau 2

De SC, o que chama a atenção é a candidata a prefeita de Zortea, Rosane Enfeld, que tem patrimônio de R$ 2,4 milhões mas, se achou no direito de pedir o auxílio. Os demais listados, como candidatos ao comando do Executivo municipal, nome e patrimônio declarado acima de R$ 300 mil e o valor do auxílio embolsado, são os seguintes: Garopaba, Agnaldo Pacheco, R$ 405 mil; Itá, Cleomar Battisti, R$ 408 mil; Itapoá, José Estefane, R$ 780 mil; Jardinópolis, Antônio Bevilacqua, R$ 1,24 milhão; Laguna, Gilberto Sousa da Silva, R$ 306 mil: Major Vieira, Adilson Lisczkowski, R$ 300 mil; Pomerode, Alberto Ramlow, R$ 1,167 milhão; Rio dos Cedros, Ivo da Silva, R$ 333 mil; e Witmarsum, Alvindo Effting, R$ 405 mil. A coluna dispensa qualquer explicação. Se há, que seja feita junto aos ministros do TCU.

Balneabilidade

Notícia positiva a divulgada pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), sexta-feira: o primeiro relatório de balneabilidade, referente a este mês, revela que dos 231 pontos analisados nos 500 km do litoral catarinense, 80,5% estão próprios para banho humano. Pena que daqui a algumas semanas os resultados se invertem.

 

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