Raul Sartori traz as principais notícias do cenário local
Não é hora (Foto: Reprodução)
O respeitado Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat), UFSC, publicou novo boletim, anteontem, para dizer que ainda não é hora de flexibilizar as medidas de controle da pandemia em SC.
Decisão histórica
No Ministério Público de SC se comemora a “decisão histórica”, conquistada semana passada no Supremo Tribunal Federal, que proveu recursos especiais por ele interpostos na área ambiental. O mais importante: definiu que, ao longo dos cursos d'água naturais, mesmo quando situados em áreas urbanas consolidadas, devem ser observado, sem edificações, o distanciamento de 30 a até 500 metros previstas no Código Florestal e não apenas 15 metros aplicados pelo Poder Judiciário catarinense com base na Lei do Parcelamento do Solo Urbano.
Até sexta
O mundo dos esportes em SC estava se preparando para o retorno às atividades esportivas em geral, inclusive competições oficiais, escudado pelos últimos decretos da governadora Daniele Reinehr. Mas muito do que estava sendo preparado, parou desde que foi marcado o julgamento do governador afastado, Carlos Moisés, que será nesta sexta-feira, 07. Muitos temem que com a volta do capitão, tudo possa mudar quanto a flexibilização, para um estágio mais rígido.
Estresse
Está rolando um certo estresse entre algumas entidades assistenciais da região metropolitana de Florianópolis e os herdeiros de um notável empresário, falecido recentemente. Desde sua morte, as generosas contribuições que fazia foram cortadas completamente, embora tenha deixado escrito seu desejo de que as ajudas continuassem. Há bombeiros em ação para tentar “amolecer” o coração dos herdeiros.
Comparações
Nas rodas se fazem comparações dos julgamentos do governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, com o de Carlos Moisés, em SC, nesta sexta, 07. As diferenças são abissais. A condenação de Witzel foi unânime, em todas as instâncias judiciais, com provas de corrupção cabais. Num caso pouco comum no gênero, Moisés tem também cabais atestados, mas de inocência.
Acima de
Cada um dos integrantes da CPI da Covid, no Senado, que virou líder de audiência no primeiro dia de funcionamento, anteontem, tem seus próprios interesses. O senador Jorginho Mello (PL-SC), por exemplo, não faz segredo: quer ser governador de SC.
No ponto
De seu refúgio na Ilha de SC, o ex-craque Paulo Cesar Caju foi direto ao ponto em sua crônica desta semana, onde diz não ter a menor dúvida de que, para o jogador atual, o futebol está em terceiro plano, e que a moda vem em primeiro, no penteado, nas roupas, no piercing, nas sobrancelhas feitas, depilações, tatuagens e maquiagens, de forma que entram em campo como se fossem para uma festa. Resumo: vulgarizam a moda e dão um bico no futebol. E quem paga o pato é o torcedor. Nada contra, arremata, desde que o futebol venha junto. Absolutamente verdadeiro.
Aparato questionável
Há dias, ao falar para os deputados estaduais como serão distribuídas as viaturas adquiridas por meio de emendas parlamentares e os novos efetivos recentemente formados, o comandante-geral da Policia Militar de SC, coronel Dionei Tonet, fez uma sugestão, com tom de apelo, aos poderes públicos, para que substituam os policiais militares destacados para sua segurança interna por profissionais temporários. Deu um exemplo gritante, escandaloso até: a Assembleia Legislativa, por exemplo, tem um efetivo de policiais superior ao que tem 70% das cidades de SC. O Judiciário e o Tribunal de Contas têm também um aparato do tipo. Não bastasse isso, em anos recentes, as câmaras de vereadores das principais cidades do Estado também inventaram de ter suas “casas miliares”. Enquanto isso faltam policiais nas ruas.
Tombamento
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou, definitivamente, um conjunto de 27 obras do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012). A lista foi feita por ele, no final da vida, e encaminhada ao então ministro da Cultura, Gilberto Gil. Nenhuma assinada por ele em SC. Destaca-se como a mais importante a do Lagoa Iate Clube, em Florianópolis, inaugurado em 1969. Tem sua marca, também, o Colégio Industrial de Lages, e os “rabiscos” que deram origem ao Laguna Tourist Hotel, em Laguna, que o mestre fez em deferência a seu amigo Santos Guglielmi.
Estranho
Se fosse alguém da oposição, seria normal. Mas foi o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) o autor de requerimento, na CPI da Covid do Senado, para que seja convocado a depor o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), elogiadíssimo por Jair Bolsonaro por defender o tratamento precoce.
Baleias
Um dos raros lugares no mundo – provavelmente o único – onde, desde 2013, é proibido, o turismo embarcado de observação de baleias em SC está sendo discutido pelas autoridades estaduais e federais. Pode ser liberado, com restrições. Mas os defensores radicais dos cetáceos, entre eles uma organização ambiental internacional, resistem a conversar.
Preconceito
O Legislativo estadual está perto de banir um odioso preconceito, estabelecido em lei, que proíbe a doação de sangue conforme a orientação sexual do doador.
Sequelas
O deputado estadual Neodi Saretta (PT) participa de articulação nacional para constituir uma associação que reúna os brasileiros que sofrem com as sequelas da covid. Por sua iniciativa, na Assembleia Legislativa foi criada uma subcomissão dentro da Comissão de Saúde para trabalhar a questão do pós-covid, com busca por ações e tratamento.
Reforma administrativa
Subirá, e muito, nas próximas semanas, a estrela do deputado federal Darci de Matos (PSD-SC). Ele é o relator da mais que importante proposta de emenda à Constituição da reforma administrativa, uma das maiores apostas do governo e seus aliados e que movimenta o Planalto, Congresso, entidades representativas dos servidores e da sociedade civil e o mercado financeiro. O embate é, principalmente, sobre o que pode e o que não pode mudar e o que é inegociável. Matos acena que o projeto será aprovado até o final deste semestre e da forma como está, isto é, sem cláusulas pétreas. Que se prepare para ataques furiosos de categorias corporativistas, em especial de servidores públicos, já que em seu relatório restringirá a estabilidade. O cidadão que paga impostos só tem um desejo, no final das contas: o fim de odiosos privilégios. A conferir.
Tijucas no STF
A ministra Isabel Galotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passou a integrar a galeria de nomes sob exame do presidente Jair Bolsonaro e pode vir a ser a terceira mulher no Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga do ministro Marco Aurélio, prestes a se aposentar. Se assim for, segue impressionante tradição familiar, como filha, neta e bisneta de ministros da corte suprema tupiniquim. O pai da ministra Isabel, Octavio Galotti, seu avô Luís Galotti e também o bisavô, Antônio Pires e Albuquerque, foram ministros. Todos nascidos em Tijucas, a 40 quilômetros de Florianópolis.
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