Projeto musical itinerante visita escola em Florianópolis
Escola Básica Municipal Donícia Maria da Costa recebe projeto “Escola Sonora – Transformando vidas através da música”, na próxima terça-feira
O projeto “Escola Sonora” chegou às escolas públicas da Grande Florianópolis com a sua quinta edição levando uma programação gratuita para “transformar vidas através da música”. As apresentações, que tiveram início no final do mês de abril, seguem encantando, com cerca de 7 mil alunos de 10 escolas da rede pública de ensino da Grande Florianópolis participantes.
Até setembro serão 32 apresentações por meio de concertos interativos e inclusivos em 16 instituições de ensino municipais e estaduais nas cidades de Biguaçu, Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz, São José e Palhoça.
E na próxima terça-feira (25) será a vez da Escola Básica Donícia Maria da Costa, no bairro Saco Grande, em Florianópolis, receber a trupe do projeto, com duas apresentações especiais. A última apresentação antes do recesso escolar será no dia 4 de julho, também em Florianópolis, na Escola Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Bairro Rio Tavares.
Conheça o projeto
Idealizado pela produtora Elena Ribeiro e pelo músico Rafael Calegari, o “Escola Sonora” surgiu em 2022 e chega a sua maior edição por meio do Programa de Incentivo à Cultura, o PIC, do Governo do Estado de Santa Catarina e aprovado pela Fundação Catarinense de Cultura.
A premissa do projeto está em levar às crianças educação musical de forma lúdica e didática, com os elementos e fundamentos da música e história, com acessibilidade e muita interação para despertar o interesse desde cedo, desenvolver habilidade, fortalecer o senso de comunidade nas escolas e expandir horizontes artísticos e culturais. Em cada escola, o projeto promove dois concertos, um pela manhã e outro à tarde.
As apresentações ficam à cargo da equipe que praticamente acompanha o projeto desde o seu início, que traz os multi-instrumentistas Rafael Calegari (baixo e direção musical), Dinho Stormowski (violão, guitarra, voz e também guitarrista da banda Dazaranha), Fábio Mello (saxofone e flautas) e William Goy (bateria e percussão) e a intérprete de Libras, Jéssica Cardoso.
Cada professor fica encarregado de parte do conteúdo, que versa sobre o ritmo, a propriedade do som, os elementos da música, estilos musicais e a utilização dos instrumentos. Toda a apresentação se dá de maneira a envolver todo o ambiente em que crianças e seu entorno estão inseridos no momento e assim criar uma conexão com a música. “Eu procuro apresentar logo de início que a música nada mais é que o resultado da soma de muitos ingredientes. Na verdade, a música é uma grande receita, né? Temos um repertório bem variado, de música brasileira, samba, choro, blues, jazz, baião e pop”, explica Rafael Calegari.
“Todas as crianças têm a sua forma de sentir a música”
Para a diretora Elena Ribeiro, a acessibilidade e inclusão é outro ponto importante no desenvolvimento do projeto. Por exemplo, a participação da intérprete de Libras se dá não só apenas na tradução do que é falado e apresentado nos concertos. Ela traz para o público conteúdos sobre a importância da língua de sinais, promove dinâmicas com as crianças onde, por exemplo, elas aprendem a cantar juntas o “Parabéns para você”.
A participação de crianças surdas e também professores surdos nos concertos não são raras, assim como outros tipos de deficiências. “É importante dizer que crianças e pessoas também têm a sua forma de sentir a música. Elas sentem a música através da vibração”, explica Elena.
A ideia de transformar vidas pela música pressupõe também incluir socialmente. O resultado, explica, está no retorno das crianças ao final de cada apresentação. “E é muito gratificante ver as crianças vindo até nós, pedir autógrafos, porque é uma realidade distante delas. Muitas chegam e falam “eu nunca assisti a um show”. Então a gente poder democratizar o acesso à cultura é algo fundamental dentro desse projeto”, conclui a diretora.
Edição 2025
No próximo ano, o projeto Escola Sonora continuará levando música para as escolas da rede pública da Grande Florianópolis. E para os diretores das instituições de ensino que tiverem interesse em receber a sexta edição do projeto, uma ótima notícia: as inscrições estão abertas pelo link.
Da redação
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